Não existe profissão perfeita, porque sempre haverá alguma dificuldade, mas dá para ser feliz no trabalho. Confira algumas dicas de uma orientadora de carreiras
Qual é a melhor profissão do mundo? Depende, porque não dá para ser taxativo e afirmar que existe uma profissão ideal, que só traga realização, prazer e felicidade. “Trabalho é trabalho e não são todos os dias que as coisas vão ser radiantes. Isso é fantasia”, frisa Adriana Gomes, coordenadora nacional de Carreira e Mercado da ESPM.
Uma profissão que seja a melhor do mundo é aquela em que você se sente realizado com o resultado, a despeito das dificuldades do dia a dia. Ou seja, uma atividade que faça a pessoa sentir que contribuiu com algo.
O salário não define a melhor profissão
Para exemplificar, Adriana cita o exemplo de uma faxineira que ela conheceu, contratada em uma grande empresa. A profissional gostava de seu trabalho porque conversava com as mulheres. Ouvia queixas, dava apoio moral e arriscava conselhos para curar dor de cotovelo. “Ela se sentia útil por poder ajudar conversando e se sentia realizada”.
O importante é ver valor no que se faz e isso não é sinônimo de salário alto. As pessoas imaginam que felicidade no trabalho se traduz em remuneração e ganho, mas a felicidade real está muito mais relacionada com o que uma pessoa acredita que pode fazer bem e impactar os outros, como professores e enfermeiros, por exemplo. Mesmo não recebendo um salário condizente, esses profissionais veem valor em suas entregas.
A realização no fazer a diferença
Direta ou indiretamente, todo trabalho serve ao outro de alguma maneira. “A melhor profissão do mundo pode ser considerada quanto mais alinhada estiver com aquilo que você faz e acredita que pode trazer uma sensação de realização”, explica Adriana. Essa sensação muda de patamar quando a pessoa se desconecta da ideia de ser um agente transformador, se sente desmotivada de alguma maneira e empurra o trabalho com a barriga.
De acordo com a especialista, a infelicidade dá sinais fisiológicos como dor de cabeça constante, obesidade, dor nas costas, insônia e estresse exagerado. Tudo isso são sintomas de que algo não vai bem e merece ser observado e investigado. Pode ser que a relação profissional com o chefe desande e se torne um fator de infelicidade, criando um gatilho para a pessoa repensar sua trajetória e mudar até mesmo de emprego.
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