Confira o que deve ser levado em conta por quem pretende fazer uma transferência de área
Em dúvida sobre como mudar de curso na faculdade? Não é raro um estudante ingressar em um curso universitário, não se identificar e sentir necessidade de mudar de área ainda no primeiro ano de graduação. “Isso é muito comum porque, infelizmente, falta autoconhecimento por parte do aluno e também um conhecimento aprofundado do curso antes da escolha”, diz Adriana Gomes, coordenadora nacional de Carreira e Mercado da ESPM. Quando isso acontece, vale a pena levar em consideração alguns pontos importantes. Se você está pensando em mudar de curso, confira 5 pontos a se levar em conta antes de tomar uma decisão.
1. De onde vem a vontade de mudar de curso?
Essa é a primeira pergunta a ser feita e a resposta tem que ser consistente. “‘Quero mudar porque não gostei’ é muito genérico”, diz Adriana. O estudante tem que investigar o que não agrada. A grade de aulas, os colegas, a estrutura de equipamentos para aprendizagem ou um professor específico? Considere também o tempo, ou seja, espere o semestre terminar para fazer uma avaliação. Às vezes uma primeira impressão é negativa e vai dissipando com o passar dos meses. “Mas se o sofrimento for grande, mude”, recomenda a orientadora de carreira.
2. Você quer mudar de curso porque não gostou das aulas?
Se essa é a reposta, é importante considerar que o primeiro ano de uma graduação é de acomodamento. A proposta educacional é trabalhar conteúdos para nivelar a turma, já que nela podem ter alunos que vieram de escolas de níveis diferentes. Adriana sugere que o aluno converse com estudantes de turmas mais adiantadas do mesmo curso para saber como são as aulas, o currículo e os professores. Também vale muito a pena conversar com o coordenador do curso e expor suas dúvidas e insatisfações, pois quem planeja a grade de aulas e conhece todos os professores é ele.
3. Você quer mudar de curso porque não gostou de um professor ou de colegas de classe?
Professores exigentes podem incomodar alguns alunos, mas eles são uma ótima oportunidade de amadurecimento – o mesmo vale para os outros alunos. Afinal, faz parte da vida ter que conviver com pessoas que pensam diferente de nós e a universidade é um ambiente propício para ingressar na vida adulta aprendendo a lidar com esse tipo de pessoa. Além disso, o curso não se resume a um único docente. Do outro lado existe toda uma gama de professores bacanas que fazem o estudo valer a pena. Portanto, antes de ser reativo, pondere.
4. O que fazer quando conclui que realmente quer mudar de curso?
Nessa etapa o estudante tem que investir a fundo em autoconhecimento. Se perguntar o que gosta de fazer, no que gostaria de trabalhar, como se vê trabalhando e como o seu trabalho pode ser útil. Se as respostas não forem claras o suficiente para a pessoa encontrar um norte, vale a pena conversar com a coordenadoria pedagógica da universidade ou com um orientador de carreira, que é um especialista.
5. Como escolher o novo curso?
A ementa publicada nos sites das universidades é o raio-X do curso. Todas as matérias e a sua abordagem constam no documento, que deve ser lido com calma e atentamente. Caso surjam dúvidas, procure a coordenação do curso. O estudante tem que buscar todas as respostas possíveis para ter certeza de que está fazendo uma boa transição. Também é importante avaliar a empregabilidade, o mercado de trabalho e as possibilidades de colocação – por exemplo: um aluno cursa Jornalismo e pode atuar em jornais, revistas, rádio, TV, comunicação digital e corporativa e assessoria de imprensa.
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