Intercâmbio: porquê fazer e o que mais chama a atenção dos recrutadores

Conversamos com uma orientadora de carreiras e especialista em recrutamento e seleção para entender o que as companhias buscam nos candidatos, além do segundo idioma, quando o assunto é intercâmbio

 

Intercâmbio hoje é essencial ou diferencial? As empresas e recrutadores têm preferência por algum país? Intercâmbio com trabalho é melhor? Viver no exterior sem estudar também é considerado um intercâmbio? Para responder a essas e outras questões, conversamos com Adriana Gomes, líder do Programa de Integração Nacional de Carreiras da ESPM. A especialista em recrutamento e seleção e orientadora de carreiras revelou ao #TMJ porquê fazer intercâmbio é tão importante e o que mais chama a atenção das empresas e recrutadores.

 

Quando falamos em intercâmbio, o que faz brilhar os olhos de um recrutador?

A aquisição de algumas competências socio emocionais, como autonomia, capacidade de lidar com situações difíceis e se dar bem nelas. Além disso, lidar com o diferente, capacidade de adaptação e lógico que o idioma, que vem de brinde nessa história. Quanto melhor for a fluência no idioma, melhor para a empresa.

 

O intercâmbio hoje é essencial ou continua sendo um diferencial?

Já foi um diferencial. Vivemos hoje em um mundo globalizado. Quem tem a possibilidade de ter uma experiência fora do país pode ampliar a questão da percepção cultural e da diversidade. Quando você viaja ao exterior, tem a possibilidade de ver pessoas de diversos países convivendo em escolas ou repúblicas. Assim você convive com o diferente. E como o mundo está muito globalizado, essa experiência pode fazer uma grande diferença. Você sai da escola que é tipo um castelinho em que você convive com as mesmas pessoas durante muito tempo e vai entender que existe algo muito maior.

 

Uma situação hipotética: temos dois candidatos e ambos têm nível de inglês avançado, um fez intercâmbio e o outro não. Quem fez intercâmbio leva vantagem?

Não. Mais do que o idioma e a experiência, vai depender das atitudes. Nem sempre o fato de ter sido exposto a uma situação como essa resulta nisso tudo que estou te falando. Vai depender muito do que a empresa busca também. Se ela busca apenas uma pessoa que fale inglês, não vai ter diferença nenhuma. Então tem que entender um pouco a cultura da empresa, os objetivos dessa vaga para essa pessoa e o quanto e para que o idioma é importante nessa função. 

 

E que tipo de intercâmbio enriquece mais a carreira: estudo de idioma ou cursos profissionais?

Também vai depender do que a empresa procura. Eu, particularmente, entendo que os cursos são sempre mais agregadores, porque além de aprender o idioma você adquire algum conhecimento. Acho que o curso é a cereja do bolo.

 

E o intercâmbio com trabalho no exterior chama mais atenção do recrutador?

Chama mais atenção porque a pessoa que passa por isso já é inserida em um ambiente profissional e de exigência. O trabalho é uma forma de socialização também. O trabalho cumpre um papel social muito importante na vida de qualquer pessoa, seja para inserção, desenvolvimento, aculturamento e para conhecimento mesmo. A experiência profissional conta muito ponto para quem faz seleção.

 

Viver no exterior sem estudar tem um peso menor? Também podemos descrever essa experiência como intercâmbio no currículo?

Pode. Porque é um câmbio, uma mudança. O turismo também é uma forma de aquisição de conhecimento. Tem valor, mas se puder acrescentar um algo mais, melhor. Se a empresa busca uma pessoa com fluência no idioma e o candidato tem fluência no idioma, o que ele fez no tempo livre me importa menos. Agora, se busco uma pessoa com uma visão de mundo mais ampla, a pessoa que potencializou essa experiência com curso ou trabalho, será mais  interessante.

 

As empresas e recrutadores têm preferência por algum país?

Vai depender da matriz da empresa, se vou trabalhar em uma multinacional australiana e fiz o meu estágio na Austrália, melhor. Se eu for em uma multinacional britânica e estudei na Inglaterra, tem um pouco do fit com a cultura. Então pode ter um ganhozinho extra. Por exemplo, se o candidato vai disputar uma vaga em uma multinacional alemã e passou alguns meses na Alemanha, vai ser visto com bons olhos porque conhece a cultura, entende o lugar. Isso tem um fit com a necessidade da empresa.

 

 

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