O que estudar para o Enem? Veja 8 dicas 

Orientador profissional e educacional dá dicas importantes para quem vai prestar o exame este ano 

 

Por conta da reforma ocorrida no ensino médio, este ano o Enem deve ser diferente. Em 2022, o Ministério da Educação anunciou que em 2024 haveria uma prova igual para todos os candidatos em um dia e a outra avaliação seria adequada ao itinerário formativo escolhido pelo aluno. Em tese o exame vai ser assim, mas pode haver alguma mudança. Independentemente disso, quem vai fazer a avaliação quer saber o que estudar para o Enem para se sair bem. 

 

“O que a gente tem visto é que o Enem tem se tornado cada vez mais robusto”, afirma Luis Otavio Targa, professor e orientador profissional e educacional do colégio Vértice, de São Paulo. “Não existe mais aquela coisa de só ler o enunciado e responder. A prova de 2023 foi mais conteudista do que alguns vestibulares”. 

 

Da conversa com Targa, extraímos 8 dicas sobre o que estudar para a prova e como se preparar. Confira: 

 

1. Ciências da natureza e ciências humanas

Além de matemática, ciências da natureza e ciências humanas são as provas com mais conteúdo do Enem, que tem características específicas na abordagem desses temas. Às vezes uma pergunta pode parecer simples, mas para responder é necessário ter conhecimento de biologia ou genética para acertar a resposta. 

 

O preparo também consiste em sair da caixa e ir além. Para esses estudos o trabalho com os professores é essencial, já que podem procurar os temas mais cobrados nas questões das áreas mencionadas acima e explorá-las com a turma.  

 

2. Conhecimentos Gerais

Os estudantes sabem que o Enem enfoca problemas atuais globais e é importante estar sintonizado com o que vem acontecendo no mundo e no Brasil com uma visão ampla, de nível nacional e internacional.  

 

O nosso país tem dimensão continental e vários regionalismos, inclusive escassez de acesso à internet em muitos locais. Diante realidades de vida tão distintas, dificilmente a prova abordaria a regulação da internet no Brasil, mas abriria espaço para o tema da redação de 2023, sobre a invisibilidade do cuidado realizado pela mulher, por se tratar de um assunto mundial. 

 

Uma boa dica de Targa é aproveitar quando a escola tem sistema de sala de aula invertida (quando o aluno estuda o conteúdo em casa antes da aula que vai assistir, para chegar mais afiado) e levar para a classe a discussão de assuntos que possam ajudar no preparo para o exame. Isso aumenta a profundidade de aprendizagem de um tema.  

 

3. Podcasts, séries e livros

A redação sempre aborda temas abrangentes de nível nacional e que são pé no chão, já que o aluno tem que trazer uma proposta de solução para o problema apresentado. Portanto, é necessário estar muito antenado, mas não significa ler jornal todos os dias.  

 

Mesmo que não esteja engajada com as fontes oficiais, a pessoa atenta tem chance de usar o que sabe a seu favor. Existem muitas fontes de informação como podcasts, séries, livros e formadores de opinião. É sempre válido conversar com os professores sobre essas fontes, para eles avaliarem se são boas.  

 

Na hora de treinar para a redação, não basta escrever. É um texto mais técnico, com vários macetes que estão bem explicados em uma reportagem que fizemos com uma especialista em redação do Enem. 

 

“Quem lê muito escreve bem. Quem não tem hábito tem que desenvolver com tentativa e erro. Ler editoriais de jornais e colunistas é bom para entender como se escreve um texto autoral”, sugere Targa.  

 

4. Cuide da saúde 

São dois dias de provas com 90 questões, mais a redação aplicada no primeiro dia. A duração é de 5h30 horas na primeira avaliação e de 5 horas na segunda. É cansativo e tenso. Portanto, o preparo começa pela atenção à saúde, porque o estudante precisa se manter concentrado e estar bem fisicamente. 

 

A prática de esportes e a meditação ajudam muito. “Meditação e esporte funcionam bem para o adolescentes. Controlam a respiração, regulam a quantidade e velocidade dos pensamentos e ensinam a se acalmar ali na hora”, explica Targa.   

 

5. Entenda a estrutura do exame

A melhor maneira de entender a mecânica das provas e aprender a interpretar as perguntas é fazer os exames de anos anteriores do Enem. Mas não adianta ir com tudo e responder a prova em um único dia. 

 

A ideia é analisar sem pressa como o exame aborda as questões. O professor orienta a responder as perguntas por lotes diários de 15 perguntas, buscar as repostas e se autoavaliar. Quando responder todas, aí, sim, é o momento de fazer o exame completo. Em paralelo, participe dos simulados sempre que puder. 

 

6. Aprenda com os erros

Anote os erros nos testes dos Enem antigos e dos simulados em um caderno específico e converse com professores ou monitores da escola ou do cursinho para aprender a resposta. No caso de estar estudando por conta própria, a internet está a seu favor para procurar a melhor resposta e aprender com o erro. 

 

“Esse caderno o aluno vai usar lá na frente. No fim do ano, ao pegar o caderno ele vê o que fez e como se empenhou, vê a consistência da aprendizagem. Isso ajuda a medir o quanto ele fez, é algo tangível e um reforço de autoestima”. 

 

7. Atenção à procrastinação

Organização e consciência de que existem tarefas a serem cumpridas são fundamentais, mas não combinam com a adolescência. Tanto que quem trabalha com educação sabe que o preparo para o Enem tem momentos de cansaço, descanso e alta produtividade, que é o menor tempo.  

 

De acordo com o especialista, a procrastinação é um jeito de lidar com o mundo, mas não significa deixar para estudar na última hora. O aluno pode trocar a matéria que vai estudar, mas não pode abandonar um conteúdo. 

 

O ideal é olhar para a procrastinação como um elemento inserido na preparação para o exame, que ajuda a criar consciência dos mecanismos de produtividade. Ou seja: ter a noção correta de que hoje você não estudou matemática, mas vai ter que abrir espaço na agenda para essa disciplina na semana. 

 

8. Não se cobre tanto

Em ano de Enem é natural o aluno se cobrar e os pais criarem expectativas, mas o ideal é que todos entendam que o estudante vai fazer o seu melhor e se ele não pontuar bem, tá tudo certo. O exame é anual, então sempre haverá oportunidade de passar pela prova e ingressar na faculdade. 

 

Até porque é necessário criar condições para encarar esse desafio. Quem pretende estudar medicina tem que se sair muito bem, “é briga de cachorro grande e precisa estar bem preparado”, comenta Targa. Nesse sentido, o melhor papel dos pais é apoiar em vez e cobrar.  

 

LEIA TAMBÉM:

8 conteúdos sobre o Enem para quem vai fazer a prova

Preparação para o Enem: veja se você está no caminho certo

8 dicas para ter sucesso na redação do Enem

Quer ver mais conteúdos do #tmj?

Preencha o formulário abaixo e inscreva-se gratuitamente em nossa newsletter quinzenal!

Você vai curtir

Compartilhe

Share on facebook
Share on twitter
Share on linkedin
Share on tumblr

INSCREVA-SE EM NOSSA NEWSLETTER