Já ouviu falar em cool hunter ou caçador de tendências? Trata-se de um profissional especializado em analisar comportamentos para tentar “prever” o amanhã. É o que explicou Fah Maioli, coautora do livro Manual de Coolhunting Métodos e Práticas, que palestrou em um evento online da ESPM no final de maio. “O que fazemos é observar, analisar e interceptar sinais para tomar decisões sobre qual produto criar, qual material utilizar e para qual consumidor.”
De acordo com Maioli, o coolhunting nasceu no mundo da moda, mas pode ser utilizado em todos os setores de bens de consumo. “É muito útil para nos dar um raio-X até um pouco estratégico do mundo.” Afinal, como a especialista comentou, tendências “são fenômenos socioculturais, emocionais, de comportamento e consumo, individuais e coletivos, que segmentados mudam paradigmas do mundo.”
Para identificá-las, os profissionais que trabalham com essa atividade utilizam técnicas de observação, filtragem e análise. “Todos são potencias cool hunters, pois estão imersos no Zeitgeist (termo alemão que pode ser traduzido como espírito do tempo). O que falta é saber porque as coisas estão acontecendo. Esse é o grande salto do cool hunter, que tem uma curadoria desse olhar, sabe filtrar o que vê e observa.”
E o que o coolhunting nos diz sobre a pandemia?
Segundo a analista de tendências, algumas mudanças que estamos vivendo durante esse período já estavam ocorrendo, mas se intensificaram. “Tudo o que está acontecendo agora não nasceu do dia para a noite, não nasceu na quarentena. Já estava acontecendo. Uma das coisas que identificamos é que já estávamos passando antes do coronavírus por várias mudanças de paradigma, várias chacoalhadas éticas e morais”.
Maioli citou, por exemplo, que já se observava uma crise de comportamento de consumo antes da pandemia. “Esse cenário que já era preocupante para empresas e profissionais se maximizou. Começamos a consumir apenas coisas que são essencialmente fundamentais em nossa vida. Isso passa pela alimentação, cura da alma, do corpo”, comentou a analista de tendências. “É cedo falar de um comportamento, mas tenho conversado com muita gente e isso está continuando. As pessoas se deram conta que não precisam de toda aquela massa de coisas que tinham antes. Mudou algo dentro da gente, a nível de consciente e inconsciente também.”
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