3 curiosidades sobre a história da informática no Brasil

Já houve uma lei que impedia empresas como Apple e Microsoft de entrar no País. Descubra essa e outras histórias que marcaram o caminho da tecnologia no Brasil

 

São muitas as curiosidades sobre a história da informática no Brasil, do primeiro computador até nos tornarmos o 5º país em usuários da internet e o 10º no ranking mundial de investimentos em tecnologia, segundo o Estudo Mercado Brasileiro de Software – Panorama e Tendências, realizado em 2022 pela Associação Brasileira de Empresas de Softwares (ABES) juntamente com a International Data Corporation (IDC).

 

Confira a seguir 3 curiosidades sobre a informática no Brasil:

 

1. Qual foi o primeiro computador brasileiro

Existe uma grande disputa entre dois computadores pelo título de “primeiro computador brasileiro” (totalmente projetado e construído no país).

 

De um lado, Zezinho, feito como trabalho de graduação de Alfred Volkmer, András Gyorgy Vásárhelyi, Fernando Vieira de Souza e José Ellis Ripper Filho, formandos do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) de 1961. No lado oposto, o Patinho Feio, desenvolvido pelo Laboratório de Sistemas Digitais do Departamento de Engenharia Elétrica da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, a Poli – que entrou em operação em 24 de julho de 1962.

 

Mas essa é uma batalha que não terá uma decisão final, já que não há consenso nem em ter os historiadores… Há, porém, uma outra bela curiosidade: de onde veio o nome Patinho Feio?

 

Como havia uma corrida promovida pelo governo brasileiro, que pretendia impulsionar uma indústria de informática local para equipar as fragatas da Marinha brasileira, vários foram os projetos surgidos nas principais escolas de engenharia. Inclusive um da Unicamp, com o nome de Cisne Branco (aquele do hino da Marinha: Qual cisne branco que em noite de Lua/Vai deslizando num lago azul/O meu navio também flutua/Nos verdes mares de Norte a Sul”). Assim, falou mais alto o lado zombeteiro dos politécnicos – e o Patinho Feio venceu essa disputa.

 

2. Lei da Informática impede a importação

No final da ditadura brasileira, uma das preocupações do governo militar era o de garantir total reserva de mercado para produtos de informática 100% brasileiros – como uma forma de incentivo à indústria local e proteção à soberania nacional. E isso incluía a totalidade de tecnologia não desenvolvida no país e a produção propriamente dita de hardwares e softwares.

 

Enquanto IBM, Apple e Microsoft floresciam e criavam um cenário de amplo desenvolvimento, em outubro de 1984 o governo resolveu simplesmente impedir qualquer importação de qualquer produto de informática – o que também restringiu a entrada de empresas estrangeiras…

 

Isso foi o estopim para uma onda de pirataria: as pessoas contrabandeavam equipamentos para tentar, localmente, reproduzi-los. Foi apenas em 1992, no governo de Fernando Collor, que essa lei foi revogada, mostrando como esses anos de isolamento e protecionismo nos prejudicou no desenvolvimento de uma indústria local realmente competitiva.

 

3. Qual foi a primeira eleição com urna eletrônica no Brasil

O primeiro pleito com o sistema plenamente implementado foi em 2000 – registrando os votos de 100% dos 109.780.071 eleitores em 353.780 urnas. Mas a origem dessa inovação vem de antes…

 

Em 1982, quando era juiz eleitoral (e depois desembargador do Tribunal de Justiça catarinense) Carlos Prudêncio conseguiu alguns computadores para ajudar na totalização dos votos da cidade de Joaçaba. Alguns anos depois, em 1989, na cidade de Brusque, ele desenvolveu um sistema de votação para as eleições municipais de 1988 – o que acabou sendo proibido pelo TSE. No ano seguinte, sem pedir qualquer autorização, o juiz realizou um teste com 373 eleitores da 90ª seção da quinta zona eleitoral. A experiência ganhou manchetes por todo o Brasil e o resto virou história…

 

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