Professora dá dicas que vão te ajudar a aprender mais com textos, seja qual for o tipo ou formato
Da literatura ao jornalismo, existe hoje uma infinidade de conteúdos em texto disponível para quem busca aprendizado. Mas para absorver conhecimentos de maneira efetiva é fundamental desenvolver estratégias de leitura.
“Existem conteúdos de estudo, da prática de pesquisa e outras finalidades e, para cada um deles, é preciso ter métodos adequados para reter a informação”, analisa Paula Marques, coordenadora de Linguagem do Colégio São Luís (SP).
Confira, a seguir, 10 dicas da professora para aprimorar as habilidades de leitura e turbinar o aprendizado:
1. A leitura é um processo amplo
Lê-se o tempo todo: na rua, no cinema e em todos os lugares. Isso também é aprendizado e o primeiro passo para se habituar com a leitura é entender isso — o que torna o processo e as descobertas muito mais prazerosos.
2. Em contato com qualquer texto, você aprende o tempo todo
Não se aprende apenas sentado fazendo um resumo. Há diferenças entre um texto literário e um artigo científico: no primeiro a aprendizagem é mais fluida — mas lembre-se de que sempre estamos absorvendo conhecimento. Isso desfaz o mito de que só se aprende por meio do texto científico ou lição da escola.
3. É preciso envolver-se com a leitura
Isso só acontece com a formação desse hábito (uma “ginástica cerebral”) no qual se formam conexões neurais para entender as narrativas (ou explicações) sem perder “o fio da meada”.
4. Toda leitura aumenta o seu repertório
Literaturas, textos jornalísticos, publicitários e artísticos (sim, os folders que a gente recebe quando vai ao teatro) são importantes ferramentas para a construção de conhecimento. A dica para aprender mais sobre esses conteúdos é relacioná-los ao que está estudando na escola, inclusive em disciplinas “teoricamente” não relacionadas, como Biologia, Química etc.
5. Entenda e aprecie as diferenças
A Literatura traz um aprendizado no campo de todos os sentidos, enquanto outras leituras são voltadas para as práticas de estudo e pesquisa, como os artigos científicos, buscas em enciclopédias, em livros didáticos, em resumos e as aulas que são “assistidas”.
6. Leitura é uma atividade única
Para que ela seja aproveitada, essa atividade tem que ser exclusiva. Não vale ler e escutar música, ver TV ou dividir essa atenção com qualquer outra coisa. É preciso manter o foco para que o aprendizado seja efetivo.
7. Faça anotações nas aulas
Escrever é transmitir o que foi ouvido ou lido para o papel – e é uma ótima estratégia para resumir e fixar conteúdos. Anote palavras chaves e ideias que estiverem ligadas ao tema da aula ou livro: crie links e trace uma “narrativa” de construção de pensamento do outro, sempre observando o modo no qual essa ideia é desenvolvida e qual a organização textual do autor.
8. Quem lê também escreve – e vice-versa
A partir da segunda série do ensino fundamental é possível desenvolver essas duas habilidades conjuntamente, por meio de fichas técnicas que ajudam a organizar as ideias em parágrafos, dando títulos para eles, e a sintetizar as principais informações de cada um. Assim, desde pequeno o aluno vai entender como as narrativas e textos podem ser organizados de diferentes maneiras. Esse é um roteiro que pode ser mantido ao longo da vida, aumentando a complexidade das palavras-chaves e dos itens ou ideias relacionadas.
9. Conheça as normas de cada tipo de texto
Cada leitura tem um tipo de organização peculiar e o aluno precisa reconhecer esses universos para aprender qual a melhor estratégia para fixar conteúdos. A literatura pode ser um livro de “cama”, mas uma enciclopédia e um livro didático não: o objetivo deles não é divertir, mas expor um conceito e, por isso, vão seguir um roteiro diferente de leitura (com capítulos, títulos, intertítulos, tópicos para cada assunto).
10. Faça mapas mentais
Essa é uma técnica que utiliza palavras-chaves para criar resenhas – um gênero voltado para a síntese dos conteúdos. Elas são essenciais para consultas posteriores (para estudar) e para servir de base para a produção de textos próprios.
O resumo é diferente, não devendo ser ensinado antes da sexta série. Ele deve trazer a ideia principal de um texto e isso exige que o receptor tenha repertório para entender os conceitos apresentados.
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