Coordenador do curso de Administração da ESPM no Rio explica em que situações vale a pena fazer outro curso universitário
Muitos profissionais ficam em dúvida sobre quando fazer uma segunda graduação, especialmente porque, hoje, estudar continuamente é condição básica para uma pessoa acompanhar as transformações e se manter bem colocada no mercado. Segundo Marcelo Guedes, coordenador do curso de Administração da ESPM no Rio de Janeiro, uma segunda graduação é válida quando a pessoa muda radicalmente a sua trajetória profissional, optando pela troca de segmento de atuação.
“Esse é um caminho, por exemplo, para um engenheiro que decide trabalhar na área financeira e então precisa estudar Economia. A segunda graduação também faz sentido quando a pessoa conclui que escolheu a profissão errada, ainda durante a faculdade ou depois de formada. Fora isso, o profissional que busca aperfeiçoamento deve fazer cursos ou uma pós para continuar aprendendo”, explica.
Quando fazer uma segunda graduação
A escolha pela formação complementar via uma segunda graduação deve ser feita de acordo com a necessidade de aperfeiçoamento e desenvolvimento da pessoa – e que sejam pesados os prós e contras, como a duração do curso (geralmente de quatro anos), a possibilidade de eliminar disciplinas por equivalência e o próprio ambiente, pois estará ao lado de uma maioria que ainda não atua profissionalmente e tem outros interesses e comportamentos.
É então que surge a opção pela educação continuada e a pós-graduação, que podem ser igualmente fundamentais e eficientes para aprimorar o conhecimento do profissional que já está consolidado, mas adicionando uma nova área de conhecimento.
Entretanto, seja qual for a decisão, não basta entrar na sala e assistir a aula. É necessário ler, estudar e fazer tarefas, e tudo isso tem de encaixar na agenda. Portanto, o “quando” se dedicar aos estudos está diretamente relacionado ao tempo que o interessado vai reservar para dar conta do curso que escolheu e realmente tirar proveito.
Como estudar
Existem universidades, entre elas a ESPM, que oferecem cursos de férias e de educação continuada como os do Dynamics, em formatos flexíveis e híbridos (presencial e online ao vivo) em que o estudante escolhe como, quando e onde estudar. Esse modelo é bom porque são cursos de pequena e média duração e permitem ao profissional compor uma base de conhecimento consistente e diversificada, turbinando o seu currículo.
O currículo, aliás, salta aos olhos dos recrutadores quando exibem qualidades além da formação do candidato. “O avaliador procura identificar habilidades socioemocionais, conhecimentos gerais, vivências e todo o repertório que compõe as tão necessárias e importantes soft skills”, diz Guedes. A segunda graduação é observada pelo olhar atento do recrutador quando um profissional busca uma vaga na sua nova profissão e aí, sim, é importante ter formação para trabalhar no setor.
Guedes relembra que, dependendo do curso escolhido, o estudante pode eliminar matérias iguais na segunda graduação, por equivalência curricular, e aproveitar esse espaço na grade de aulas para escolher eletivas que aumentem o seu conhecimento. O importante, diz o professor, é “estudar o que acha que vai te deixar feliz e realizado, se mantendo constantemente atualizado para ser um excelente profissional”.
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