Descubra o que significa este conceito e como ele pode contribuir para o bem-estar da humanidade
Temas relacionados ao planeta e ao meio ambiente têm chamado, cada vez mais, a atenção da sociedade. Afinal, vivemos em uma época em que o aquecimento global tem aumentado em níveis alarmantes, transformando o clima e impactando a nossa qualidade de vida. Em meio a este cenário turbulento, o mundo procura por alternativas que possam frear a crise climática, como é o caso, por exemplo, da economia verde.
O significado de economia verde
A economia verde é um modelo econômico que busca promover o desenvolvimento sustentável e reduzir a emissão de carbono e outros gases que provocam o efeito estufa. O conceito, que surgiu no Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), defende a ideia de que é possível ter um crescimento econômico sem colocar em risco o planeta e seus recursos naturais.
Marcus Nakagawa, professor e coordenador do Centro ESPM de Desenvolvimento Socioambiental (CEDS), explica que uma das grandes vantagens da Economia Verde é proporcionar uma mudança de pensamento e de crenças na sociedade como um todo, incluindo as organizações.
“Com as mudanças climáticas, ele acaba sendo um atrativo, inclusive para investimentos. Essa mudança de pensamento, de mindset, ajuda a sair do modelo tradicional de negócios e ir para um mais limpo, mais ecologicamente correto”. Além de todo o cuidado com o meio ambiente, a Economia Verde também pode ser uma forma de melhorar os indicadores sociais por meio da geração de empregos.
Para isso, é importante que as empresas e os países invistam nesse modelo. “É fundamental que as organizações e o governo entendam como uma forma de criação de empregos e de aumento da economia. Eles precisam ver não como um movimento ligado a uma origem ideológica, mas sim como uma forma de investimento e retorno”.
Iniciativas da economia verde
Uma das principais formas de praticar a Economia Verde é a transição energética, que consiste em substituir uma fonte de energia que utiliza combustíveis fósseis, como o petróleo, gás natural e carvão, por outra mais sustentável ou “limpa”, como as energias renováveis solar e eólica.
Outra possibilidade é o combustível à base de hidrogênio, que é considerado o “combustível do futuro”, por ser uma alternativa mais ecológica. Trata-se de um gás incolor, sem cheiro e que não causa poluição atmosférica, sendo também uma fonte de energia renovável.
Além dessas iniciativas, quando falamos em Economia Verde também não podemos esquecer dos vários tipos de gestões. Como a gestão de resíduos, da água, da biodiversidade, dos bioativos e das florestas, para que elas sejam utilizadas de uma forma mais sustentável em cosméticos e remédios, por exemplo. “As práticas sempre buscam minimizar o impacto ambiental ou maximizar o impacto positivo ambiental”, ressalta o professor.
Economia Verde no Brasil
Para Nakagawa, o Brasil pode ser um grande líder em Economia Verde. Mas, para isso, é necessário superar muitos desafios. “Como a questão dos resíduos, da água, do desflorestamento, da mineração ilegal, do uso da terra de forma indevida e da utilização de agrotóxicos que acabam machucando a terra”.
Além desses problemas, a falta de apoio governamental também dificulta o desenvolvimento desse modelo econômico. “São muitos desafios e o principal deles é um apoio focado efetivamente na Economia Verde. E que não haja uma transição que seja somente paliativa, mas, sim, de uma forma de investimento de curto, médio e longo prazo”.
Marcus destaca que esse incentivo do governo deve ser para todos. “Não só para as grandes indústrias e fazendas, mas também no ponto final do consumidor, por meio de incentivos fiscais e menos impostos”.
Embora a implementação dessa abordagem ainda esteja em processo de desenvolvimento no Brasil, é importante que os jovens comecem a entender hoje o que é Economia Verde, de modo que estejam preparados para viverem em uma sociedade pautada por esse modelo no futuro.
“Os estudantes precisam, cada vez mais, acompanhar alguns pontos. Uma das estratégias é estar sempre estudando, que é o lifelong learning que a ESPM tem muito bem direcionado. Outros pontos são acompanhar as notícias, buscar informações e seguir pessoas que tragam conteúdos com curadoria bem-feita, e que não sejam somente conhecedores de curadoria de outras fontes. Tudo isso é muito importante, mas, mais do que isso, é preciso começar a fazer um planejamento de futuro”, finaliza Marcus.
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