Como viralizar no TikTok

Especialista explica os fatores que levam um conteúdo a bombar e dá dicas para criar um material de sucesso

 

Muitas pessoas querem saber como viralizar no TikTok, especialmente no Brasil, o segundo país que mais segue influenciadores digitais no mundo, depois das Filipinas, de acordo com o DataReportal de outubro de 2023. “Há um espaço para a criação num mercado onde tem milhares de influenciadores. No Brasil, segundo reportagem da Folha de S.Paulo, há 500 mil influenciadores.”, afirma Bruno Peres, coordenador do Master Head of Digital Marketing e da Pós-graduação Certificate em Comunicação e Marketing Digital da ESPM.

 

Nesse amplo mercado há muito espaço para ser explorado pelos micro influenciadores, pessoas com até 50 mil seguidores, porque esse nicho tem mais engajamento e vem chamando a atenção das empresas, de acordo com a mLabs. Para as corporações vale mais a pena trabalhar com essas criadores de conteúdo para divulgar sua marca no Instagram e no TikTok do que investir em campanhas próprias.

 

Portanto, quem produz bom conteúdo se destaca nessas plataformas que, na visão das empresas, são um tipo de market place de influenciadores. Tem muita gente criando conteúdo e querendo ganhar dinheiro, mas não adianta apenas viralizar por virilizar.

 

Que fatores ajudam a viralizar conteúdo?

Se por um lado a pessoa cria um impacto elevado, mas muito rápido num mundo socialmente conectado, há grandes chances de o conteúdo viralizar e morrer na praia se não houver um planejamento e a pessoa não entender o básico que pode dar um empurrão rumo ao sucesso.

 

“Saber porque algo viraliza é a pergunta de 1 milhão de dólares, porque não há uma receita de bolo. Mas há um consenso de que 3 fatores ajudam a viralizar”, afirma Peres.

 

1. Fator humano: tende a viralizar um conteúdo que não é explícito de uma marca ou empresa e é feito por pessoas. Trata-se do UGC (User Generated Content, ou Conteúdo Gerado pelo Usuário), que se relaciona diretamente com o próximo tópico.

 

2. Fator similaridade: as pessoas costumam compartilhar algo que é similar entre elas em seus círculos. Quem faz yoga posta vídeos sobre o tema em seu perfil e isso faz com que as pessoas compartilhem conteúdos similares entre si.

 

3. Fator antecipação: está ligado à Teoria de Fusão de Boatos, de Daley-Kendall, na qual as pessoas compartilham boatos que acabam se tornando virais até o dia que uma pessoa recebe um meme e diz que já tinha visto aquilo. Nesse ponto já não há mais antecipação e esse meme perde a força de compartilhamento.

 

Temas que viralizam

Quando um conteúdo já não é mais novo para de viralizar e o influenciador precisa criar outra coisa para chamar a atenção. De acordo com Peres, temas de senso comum são mais viralizáveis, como pets, receitas, acidentes, crimes, escândalos, celebridades porque são mais próximos da realidade da comunidade brasileira de maneira geral.

 

Por conta da similaridade dos públicos, uma pessoa com algumas centenas de seguidores pode se tornar um influenciador de um nicho. Por outro lado, as pessoas querem viralizar para ficarem famosas precisam ter foco para conquistar e manter seu público.

 

O especialista cita o caso de uma pessoa que ele conhece, que conquistou 800 mil seguidores na pandemia, fazendo posts sobre sua vida durante o isolamento. Agora ela quer se colocar como neurocientista e tem tido menos curtidas, porque quando o perfil muda para algo mais reflexivo, ele para de ser impulsionado pelo algoritmo e perde seguidores.

 

O que chama atenção é a criatividade e a inovação

É importante definir se a proposta é entreter ou criar conteúdo. Em ambos os casos, as pessoas que querem viralizar têm que trabalhar com o fator humano e similaridade, e para entrar no fator antecipação é necessário criar algo inovador.

 

Por inovação entenda produzir um conteúdo criativo sem ser mirabolante. Por incrível que pareça, menos é mais no TikTok. Basta respeitar as regras técnicas da plataforma para subir um vídeo sem problemas técnicos, como acontece com alguns perfis.

 

“Você não precisa de um vídeo de alta qualidade, mas lembrar do básico”, explica Peres. Filmar na vertical, porque os vídeos horizontais são mais difíceis de visualizar, colocar as legendas dentro das linhas de corte estabelecidas pela plataforma e fazer uma boa iluminação representam 35% do post. Os 55% restantes se referem a criatividade, inovação e antecipação. Essas três palavras são a chave para viralizar no TikTok.

 

Vetores de transmissão ajudam

“O Caneta Azul viralizou por similaridade entre o criador e uma população que se identifica com ele. Luva de Pedreiro é próximo da realidade do brasileiro e entrou em círculos de adesão, que são vetores de transmissão. Nesse caso, os vetores foram os jogadores de futebol, porque todos jogaram bola num campinho de terra.”, explica o professor.

Atualmente, os criadores têm recorrido a gatilhos mentais que ajudam na comunicação, como aquelas chamadas “esse final é incrível” ou “você não vai acreditar nesse final”. Esse também é um elemento que pode ajudar numa viralização, mas para se manter hype no engajamento é necessário inovar a partir da reinvenção, do talento e do esforço.

 

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