3 defeitos e 3 qualidades: veja como responder ao recrutador

Entenda por que o entrevistador quer conhecer pontos fortes e fracos de um candidato e saiba como responder

 

Em uma entrevista de emprego, não é raro o recrutador pedir para o candidato destacar seus pontos forte e fracos, e há quem seja específico, pedindo para a pessoa elencar 3 defeitos e 3 qualidades. “A intenção do recrutador é saber minimamente se a pessoa tem autoconhecimento. Porque quem fala que não tem defeito nenhum ou que não tem qualidades é uma pessoa que se desconhece”, afirma Adriana Gomes, coordenadora nacional de Carreira e Mercado da ESPM.

 

A ideia de lançar uma pergunta como essa é sondar o nível de autoconsciência do candidato acerca de seus pontos fracos e despertar a reflexão sobre como ele pode melhorar, se superar e se desenvolver.

 

A partir do momento em que o profissional entende, por exemplo, que ter nível básico em inglês é um defeito, ele pode ir para a entrevista e já sinalizar que está fazendo um curso para se aperfeiçoar. Afinal, se o inglês fluente for um pré-requisito importante, porque a empresa que oferta a vaga é uma multinacional, essa pessoa não pode dizer que isso é uma carência em suas competências.

 

Qual é o peso do ponto fraco

“As pessoas costumam dizer que são perfeccionistas ou exigentes demais e eu, como entrevistadora, sempre pergunto por que isso é um ponto fraco”, comenta Adriana. “Se um ponto fraco efetivamente acaba afetando a qualidade do trabalho, como uma pessoa ser muito exigente e atrasar a entrega porque ela acha que nunca está bom o suficiente, isso realmente é um ponto fraco”.

 

A proposta de questionar os defeitos é despertar a consciência do candidato, de que ele tem algumas características que pode aperfeiçoar. De preferência que não seja algo que afete sua competitividade para vaga e que seja um defeito que ele já esteja se movimentando para melhorar. “Porque quando a pessoa toma uma providência significa que ela identificou e quer melhorar”. Isso demonstra autoconsciência da sua limitação e não sinaliza um defeito que possa prejudicar sua imagem.

 

É preciso bom senso para destacar as qualidades

Ao nominar suas qualidades, o candidato precisa ter bom senso para não querer parecer melhor que os outros. Por isso é muito aconselhável estudar bem a vaga. “Porque às vezes a pessoa acha que é muito boa numa coisa, mas para aquele negócio ou atividade aquela competência não tem tanto valor”.

 

É importante conhecer um pouco do negócio, da empresa e sua posição no mercado, bem como sua cultura, produtos e serviços. Da mesma maneira que o entrevistador estuda o perfil dos candidatos nas redes sociais, vale pesquisar como é o entrevistador. Quem fizer essa lição de casa vai estar em vantagem para entender um pouco da história do recrutador e isso pode ajudar na hora da entrevista.

 

Estude os requisitos da vaga

Quando entende o máximo possível das exigências da vaga, o candidato destaca, dentro do seu repertório, os aspectos mais importantes para a posição e reconhece nos seus pontos fracos algum que não seja essencial para seu desempenho e performance e os apresenta ao entrevistador. Caso identifique que um ponto fraco seu equivale a uma competência fundamental para o cargo, vale refletir se compensa se candidatar.

 

Adriana alerta para o profissional ter cuidado com a autocrítica exagerada, porque às vezes o autojulgamento faz o acreditar que não está totalmente capacitado, mas ele não pode esquecer que foi selecionado porque a empresa quer conhecê-lo e ter oportunidade de avaliar seu perfil. Portanto, se tiver mais qualidades do que pontos fracos ele deve se candidatar. “É muito difícil uma pessoa atender a 100% dos requisitos da vaga. Se atende a cerca de 70% da vaga, vá pra cima”.

 

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