5 fatos da (dura) vida de estagiário

Se por um lado é fantástico poder experimentar o cotidiano de uma grande empresa e dar os primeiros passos na profissão, por outro é preciso ter muita autoestima para aguentar alguns trancos e barrar abusos nas relações de trabalho

 

Você passou por um moedor de carne poderoso, vulgarmente chamado de “processo seletivo”, e foi a escolha final
para uma  vaga de estágio numa empresa cobiçada – para a qual concorreram 200 colegas que estudam exatamente a mesma coisa que você (muitos na mesma escola ou até na mesma classe). Parabéns!!!

 

Vem o encanto inicial do primeiro dia, de conhecer o chefe e sua mesa de trabalho, do processo de integração, da descoberta de como a empresa realmente funciona por dentro, do conhecer muitas pessoas…

 

E vem também a ansiedade com a quantidade de nomes e cargos que precisa rapidamente memorizar, com as a possibilidade de cometer gafes, ter de entender os códigos não-escritos ou ditos que regem as relações e o ambiente de trabalho…

 

Passado o momento “lua de mel”, hora de arregaçar as mangas e mostrar do que é capaz. Como você manda bem no que faz, vou me concentrar em analisar eventuais desafios que vão além do desempenho profissional: listar coisas que podem tornar rapidamente essa experiência no desejo de sair correndo daquele lugar.

 

 

1- Afinal, eu trabalho para quem?

O maior risco para a sanidade é perceber que TODO MUNDO manda (ou quer mandar) em você. Se bobear, até outros estagiários com mais horas de voo. Dica: não se prive de pedir a quem contratou você para esclarecer quais “pedidos” você tem de atender, quem são as pessoas com quem você trabalhará diretamente e como proceder quando alguém de outra área ou equipe pedir algo. Isso ajuda a criar um fluxo de solicitações e a estabelecer prioridades (afinal, qual pedido você vai atender primeiro?).

 

2- Vou trabalhar bem mais do que fui contratado para fazer, pois assim garanto minha contratação ao final do estágio…

Fuja desse pensamento como Drácula foge do alho! Essa tentação é bem comum, acredite: você acha mesmo que NUNCA, JAMAIS, EM TEMPO ALGUM antes de você alguém teve essa ideia?

 

Coloque-se no lugar do empregador: talvez ele saiba disso e prefira chamar outro estagiário – em vez de, ao final do seu estágio, contratar você, para ter de pagar muito mais do que já paga, para fazer mais ou menos o que você já faz. Além disso, você desvaloriza seu próprio tempo e trabalho e pode borrar a linha tênue entre estágio e emprego. O primeiro não tem hora extra, não tem benefícios e seu contrato é por tempo limitado.

 

Claro que empresas sérias realmente efetivam estagiários. Mas não há vagas para todo mundo – e as de estágio estão sempre em alta. Isso é um bom indicativo, não?

 

3- E quando demandas do trabalho atrapalham a faculdade?

É muito comum rolar pedidos eventuais para trabalhar em horários que batem com os das aulas. Porém, o risco é isso se tornar recorrente – a ponto de você pensar que a faculdade está atravancando sua vida profissional. É o contrário!!! Pense bem: você é estagiário PORQUE VOCÊ É ESTUDANTE.

 

Agora, se acha mesmo que a faculdade está prejudicando sua carreira… tranque o curso. 

 

Aí, você vai descobrir que, sem estar fazendo um curso, automaticamente você perde seu posto de estagiário… 

 

A melhor maneira de impedir essa trapalhada é ter uma conversa honesta com seu chefe. Se não resolver, talvez seja o caso de pensar em procurar outro estágio…

 

4- Resultado ou aprendizado?

Entenda uma coisa: estagiários também devem entregar resultados – como qualquer pessoa da equipe. PORÉM… A cobrança por esses resultados deve ser consequência de metas negociadas previamente, de orientações claras, de acompanhamento e orientação antes e durante a execução do que quer que seja e de feedbacks construtivos. Se não for assim, talvez esse estágio não valha a pena (e, se é ruim agora, imagine quando for funcionário…).

 

5- Vai rolar aquela contratação?

Ao longo do estágio, não pega bem ficar sondando se você vai ou não ficar com uma vaga lá na frente. O que não impede de você tocar no assunto diretamente na metade do caminho uma vez (lembre-se: você é o dono da sua carreira e tem o direito de decidir investir ou não naquela empresa – e ter tempo para agir).

 

Mas há maneiras de fazer a sondagem de modo profissional: pedindo feedbacks regularmente (é seu direito e faz parte de um estágio digno do nome – do contrário, trata-se de subemprego…); ou investigando quantas vagas de estágio foram oferecidas nos últimos anos x o número de contratações.    

 

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