Professor da ESPM explica como a faculdade pode ser uma aliada importante nos momentos difíceis da vida
Cuidar da nossa saúde mental é algo que devemos fazer todos os dias. Afinal, quando a mente não está boa, o nosso corpo também é afetado e somos impactados em diversas áreas da vida: sentimos os efeitos negativos na forma como vemos a nós mesmos e enxergamos o mundo, na maneira como nos relacionamos com outras pessoas e até mesmo em como exercemos nossas funções no trabalho, na escola ou na faculdade.
Por todos esses motivos, a preocupação com o nosso bem-estar deve ser constante, apesar de nem sempre conseguirmos conciliar essa necessidade com as outras tarefas que fazem parte da nossa rotina. Por isso, é importante encontrarmos apoio nos locais em que frequentamos diariamente, como na empresa em que trabalhamos ou na instituição de ensino onde estudamos.
Sabendo o quanto isso é fundamental, algumas instituições de ensino oferecem programas gratuitos de acolhimento para os seus estudantes. É o caso da ESPM, com o Programa de Acompanhamento Psicológico e Orientação (PAPO).
O programa baseia-se em três pilares: acolhimento, acompanhamento e encaminhamento. Este serviço proporciona encontros terapêuticos, que são individuais e sigilosos, com um psicoterapeuta da Escola. O profissional fica à disposição do estudante para escutá-lo sempre que ele quiser conversar sobre as suas questões emocionais, relacionais e profissionais.
“O PAPO não é uma terapia no sentido estrito. Ele não substitui o que o estudante faz no consultório do seu psicólogo ou psicanalista”, explica Celso Alves Cruz, responsável pelo programa na ESPM-SP. “Nossos estudantes têm seus sofrimentos e alguns deles tem a ver com a trajetória acadêmica, outros não. As coisas acabam se misturando e o estudante não tem consciência disso. Mas, em qualquer momento da sua trajetória, se ele tiver algum sofrimento que queira compartilhar ou estruturar, pode recorrer ao serviço”.
Os estudantes podem procurar o serviço por diversos motivos. Alguns fazem isso logo após saírem do ensino médio e ingressarem na faculdade, devido à pressão que estão sentindo por precisarem fazer escolhas. Outros vêm ao PAPO porque mudaram de cidade e estão lidando com as responsabilidades de morar sozinhos. Há, também, os jovens que estão enfrentando conflitos familiares ou passando por questões normais da idade, que podem gerar ansiedade ou depressão.
O professor também destaca que o programa contribui para a resolução dos problemas antes que eles se agravem. “Ter um serviço que fornece um apoio para que esse estudante tenha um autoconhecimento e que possa ser cuidado em momentos de dor, de dúvida, de angústia, é algo que ajuda muito no dia a dia. Às vezes, coisas simples, quando são encaminhadas na sua origem, se resolvem, e não se tornam depois grandes problemas”.
Dicas para cuidar da saúde mental
De acordo com Celso, algumas dicas que podem ajudar o estudante a cuidar da saúde mental no dia a dia é dormir, comer bem e praticar atividades físicas. Além disso, em relação ao ambiente acadêmico, é essencial traçar um plano de trabalho para o todo o semestre, mapeando prazos e horários, e se envolver nas atividades extracurriculares que a ESPM oferece, entre outras coisas.
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