Professor da ESPM dá algumas dicas de como utilizar o recesso para estimular o seu aprendizado
Época mais aguardada do ano, as tão sonhadas férias são o período ideal para descansar, recarregar as energias e fazer aquela viagem especial com amigos e familiares. Mas, além de tudo isso, o recesso também pode estimular o seu aprendizado de um jeito leve e divertido. Quem explica como isso é possível é Danilo Torini, professor e gerente de Tecnologias de Ensino e Aprendizagem da ESPM.
1. Faça viagens ou passeios para ampliar o seu repertório
Aproveite suas férias para conhecer novos lugares, estejam eles longe ou perto de onde você mora. Além de explorar um novo local, essa também é uma ótima oportunidade para conhecer pessoas e, até mesmo, culturas diferentes. Esse tipo de atividade ajuda o estudante a estimular suas soft skills e sua parte cognitiva. “Quanto mais eu me expor a situações novas, mais legal isso vai ser. Para depois, quando estiver estudando, poder trabalhar essas questões e gerar repertório”.
2. Pratique um novo idioma de formas variadas
Se você é uma pessoa interessada em aprender novos idiomas, treine a sua oratória durante as férias. Você pode praticar o seu conhecimento em situações reais, em casos de viagens para o exterior, ou usando aplicativos online, sem precisar sair de casa.
Outra dica do professor é assistir a séries, filmes e documentários produzidos no idioma original que você está estudando. Em uma rápida busca na internet, você encontra diversas produções faladas em outras línguas, que também estão disponíveis em plataformas de streamings.
3. Faça leituras por lazer
Durante o ano letivo, o estudante se depara com diversos conteúdos técnicos e acadêmicos que complementam a sua formação profissional. Embora esses materiais sejam importantes, nas férias o ideal é fazer leituras mais descontraídas. Ao escolher livros do seu gênero favorito, você aprende coisas novas e descansa a sua mente ao mesmo tempo.
4. Realize velhos desejos
Com a rotina agitada do dia a dia, muitas vezes nos vemos presos às mesmas tarefas, sejam elas ligadas a trabalho, faculdade ou outros compromissos. Por isso, o recesso é uma oportunidade de se dedicar aquela atividade que você sempre quis aprender, mas nunca teve o tempo necessário para começar. Um exemplo disso é a culinária. Se você gosta de cozinhar, uma das opções para aprimorar suas técnicas é fazer oficinas práticas.
Mas, fica aqui a dica: tente não abandonar essa atividade quando a sua vida normal voltar. Aproveite esses dias para se dedicar bastante, mas, se possível, se esforce para construir um hábito e mantê-lo na sua rotina.
5. Se aventure com novas experiências
Realizar desejos antigos é legal, mas você também pode se aventurar em novas experiências que nunca se imaginou fazendo e perceber que elas podem virar hobbies. Desta forma, você passa a lidar com situações adversas que irão estimular a sua criatividade. “Esse é o momento de apostar nessas coisas que não conseguimos ter tempo quando estamos trabalhando, estudando e fazendo tantas outras atividades”.
Uma dessas coisas que você pode nunca ter feito e depois de experimentar descobrir que gosta, é o trabalho voluntário. Além de contribuir com o bem-estar social, você passa a ter outras vivências. “Diversidade é sinônimo de aprendizagem. A proporção da aprendizagem é sempre de acordo com a diversidade, com o leque de possibilidades que eu vou abrir. Se eu tiver uma vivência restrita, minha aprendizagem será restrita. Se eu tiver uma vivência diversa, minha chance de aprender será maior”.
6. Reserve momentos para descansar
“Hoje, a gente não se dá muito ao luxo do ócio, daquele momento que você fala ‘Vou fazer nada’. Isso é fundamental, pensando na quantidade de estímulos que somos expostos diariamente, ainda mais quando estamos trabalhando e estudando, precisamos de momentos de recuperação mental e física”.
Além de ser uma forma de cuidar do corpo e da mente, o descanso ajuda a consolidar a nossa memória. “Essas pausas permitem que a gente relaxe e é nesse momento de relaxamento que, muitas vezes, temos grandes ideias”.
Esses conhecimentos são válidos no mercado de trabalho?
Segundo Danilo Torini, sim. “Fazer intercâmbio ou viajar a lazer vai me ajudar a desenvolver adaptabilidade e flexibilidade. Quando a gente se depara com a adversidade, encontramos a necessidade de ser mais empático, de ouvir o outro. Essa questão intercultural, de lidar com novas formas de pensar, é uma competência valorizada. Isso é sinônimo de criatividade, de buscar por soluções fora da casinha”.
Todas essas experiências desenvolvem competências socioemocionais, que você pode colocar no currículo. “Não é só ter uma visão global, de olhar para fora, mas isso tudo ajuda a ter um pensamento criativo e estratégico. Trabalhar e estudar é importante, mas descansar e fazer atividades é tão fundamental quanto. Às vezes, não temos um conhecimento técnico específico, que podemos aprender na própria empresa. Mas, posso ter essas competências socioemocionais. É isso que o mundo do trabalho espera da gente, muito mais a capacidade de solucionar problemas de forma criativa do que ficar repetindo questões técnicas”.
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