Mulheres na tecnologia: profissionais falam sobre os desafios de atuar no setor

Apesar de ser um mercado predominantemente frequentado por homens, o número de mulheres interessadas por TI tem crescido nos últimos tempos  

 

As disparidades entre homens e mulheres no mercado de trabalho ainda é uma pauta frequente, principalmente quando o assunto são as oportunidades dentro dos setores que envolvem tecnologia. Trata-se de uma área majoritariamente masculina. No entanto, um levantamento feito pelo Banco Nacional de Empregos (BNE) apontou que o interesse feminino por vagas de TI tem crescido nos últimos anos. Houve um aumento de 22% entre 2020 e 2021. O número de candidaturas na área de tecnologia foi de 10.375 para 12.716 nesse período.  

 

Os desafios das profissionais que escolhem seguir essa carreira foi o tema de um dos painéis do ESPMovement, que contou com a participação de Ana Carolina Teixeira, trainee T&O no Banco Santander, Bruna Rodrigues, que atua como head of product na Khipo, Isabela Taccolini, sócia na LIF Consultoria, e Julia Vicente, que trabalha como engenheira de dados na Petlove e é aluna do 6º semestre do curso de Sistemas de Informação na ESPM. Confira: 

 

As dificuldades são estruturais  

Na opinião das profissionais, a falta de protagonismo feminino dentro do setor de tecnologia está relacionada a questões estruturais. “Entrar até que não é tão difícil, mas crescer, eu percebo que existe uma tendência bem grande a dar preferência para os colegas homens na hora de uma promoção”, explica Isabela. “Um problema que é evidente é que as empresas, grande parte delas, precisam de um esforço maior para colocar mulheres na liderança”, comenta Julia. “Qual é a motivação para eu ficar na empresa se eu não vejo ninguém como eu no topo?”, questiona.  

 

O cenário ainda pode mudar 

De acordo com as jovens, a superação dessas diferenças pode acontecer por meio de pequenas iniciativas. “Quando eu entrei na empresa que eu trabalho hoje, nós éramos sete funcionários e eu fui a primeira mulher da empresa. Hoje em dia, nós somos quase 40 e são cinco mulheres”, afirma Bruna. “Nas entrevistas, a gente começou a dar essa preferência por contratar mulheres para aumentar a equipe, para ficar mais proporcional a quantidade de mulheres na área de TI”, completa. “Eu acho que pelo motivo de a gente estar sempre com as barreiras apontadas para o nosso lado, com nossas dificuldades de ter oportunidade para crescer no mercado, a gente precisa colocar a cara a tapa e continuar frequentando espaços onde a gente é colocada como uma pessoa que não deveria estar lá”, defende Julia. 

 

Referências e inspirações profissionais servem de incentivo  

Para as palestrantes, ter referências e inspirações profissionais são formas de encarar desafios e incentivar outras mulheres a ocuparem cargos dentro desse mercado. “Ver mulheres no topo estimula completamente a saber que é possível”, diz Isabela. “Procure aliados dentro ou fora da empresa. Ter gente para consultar e trocar experiências é supervalioso”, sugere. “O principal, para mim, é mostrar que existe mulher em tecnologia, que existe mulher se dando bem em tecnologia. Mostrar que a gente é capaz e que tem espaço”, argumenta Julia. “Você ter referências na área é inspirador”, finaliza Bruna.  

 

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