Conferir os dados, atualizar as informações e direcionar as experiências profissionais estão entre as recomendações
Uma das perguntas mais comuns entre quem ainda está iniciando uma trajetória profissional e espera ingressar no mercado de trabalho é como fazer um currículo. Segundo um levantamento feito pelo Zety, um portal especializado em carreira, 63% dos recrutadores desejam receber currículos feitos especificamente para a posição que está com a vaga disponível. Para te ajudar na elaboração do CV, a equipe do #TMJ listou algumas dicas de Adriana Gomes, coordenadora da área de Carreira e Mercado da ESPM, e Raquel Carvalho, analista e recrutadora da Companhia de Estágios, apresentadas em um dos painéis do ESPMovement. Confira:
Não destaque apenas experiências profissionais
De acordo com Raquel, além de experiências profissionais, atividades extracurriculares, cursos complementares, grupos de estudo, trabalho voluntário e intercâmbio devem ser inseridos no currículo. “Tudo isso fala um pouco sobre as suas experiências e são atividades que demonstram a questão de comprometimento, disciplina e trabalho em equipe”, afirma a recrutadora. “Qualquer experiência que vocês tiveram é válida, desde que vocês tenham aprendido algo com ela”, argumenta.
Seja objetivo
A analista da Companhia de Estágios explica que não existe um padrão ou quantidade limite de páginas para um currículo. Mas o ideal é tentar montar um CV compacto. “Não é um problema deixar um currículo com duas páginas, mas se a gente puder compactar e deixar as informações mais importantes, melhor”, diz. “Quando pegamos um currículo, não queremos saber tudo sobre você. A gente quer saber o geral para conseguir te chamar e aí, sim, saber tudo sobre você”, acrescenta. “Deixe a pessoa com a pulga atrás da orelha para querer perguntar mais. Não dê todos os detalhamentos de cara. Isso causa mais interesse no recrutador”.
Foto no CV não é obrigatória
Apesar de comum em redes sociais profissionais, como o LinkedIn, e exigência em algumas plataformas de seleção, a foto não é obrigatória para um currículo tradicional. “A gente vai olhar muito mais para as suas experiências, para o que você é, do que realmente para a foto. A foto não vai agregar nada nesse momento”, relata Raquel. “Aqui no Brasil, a gente não tem essa cultura de colocar foto em currículo. E muitas empresas estão partindo para o recrutamento com o menor número de informações que podem interferir em algum viés, qualquer que seja”, acrescenta Adriana Gomes, coordenadora da área de Carreira e Mercado da ESPM.
É importante destacar que, em plataformas como o LinkedIn, a foto aumenta as chances de seu perfil ser visualizado por um recrutador.
Não exagere na diagramação
Raquel recomenda que as informações sejam apresentadas da maneira mais simples o possível para quem for ler o CV. “Tem alguns que são muito bonitos, mas não trazem a informação que a gente quer. Às vezes tem muito ‘fru-fru’, muitas coisas espalhafatosas, e a gente tem dificuldade de encontrar o que a gente precisa”, comenta. “A gente tem trinta segundos mais ou menos para avaliar se encontra as informações que a gente quer. Se o currículo está de uma forma gráfica que fica ‘bonitinho’, mas eu demoro muito para analisar, vou dar preferência para um que eu leve menos tempo, porque encontro a informação mais facilmente”, acrescenta Adriana.
Revise as informações
“O cadastro é a etapa mais crucial do processo seletivo e é a que mais elimina pessoas”, diz a recrutadora da Companhia de Estágios. “Cansei de encontrar candidatos que eram perfeitos para as minhas vagas e, quando eu tentava entrar em contato, o número estava errado”, reforça. “Isso também pode demonstrar uma distração. A pessoa cadastrou o nome errado. O que aconteceu? Ela não estava interessada na minha vaga?”.
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