Veja o que fazer depois do ensino médio

Você terminou os estudos e não sabe o que fazer? Confira algumas opções elencadas por uma especialista em carreiras

 

O que fazer depois do ensino médio é uma pergunta que pode ter uma resposta rápida: faculdade. Entretanto, nem todo mundo pensa em ingressar em um curso superior logo após a conclusão do ciclo de formação escolar – e os motivos podem ser vários. O #TMJ conversou com Adriana Gomes, coordenadora nacional de Carreira e Mercado da ESPM, para saber o que um adolescente pode fazer após o ensino médio. Confira:

 

Faculdade

“É o caminho mais tradicional e de maior apelo, eu diria. O desafio é escolher uma boa faculdade”, afirma Adriana. A escolha deve considerar vários fatores. O mais óbvio é optar por um curso que atenda as expectativas do estudante e, para isso, é necessário ler com atenção as informações no site da faculdade desejada para saber quais são as disciplinas regulares e eletivas, a carga horária, o corpo docente e particularidades oferecidas pela instituição de ensino. Participar de encontros de apresentação dos cursos promovidos pela universidade também é uma ótima oportunidade de entender o que ela oferece.

 

O benefício da faculdade é que ela provê uma base acadêmica teórica que ajuda o aluno a entender o mundo e o prepara para aplicar o que aprendeu na prática.

 

https://youtu.be/f2Pyw51_00U?si=b-6H9fY17Yyz_6PK

 

Educação profissional técnica

O Ministério da Educação oferece cursos de educação profissional técnica em diversas áreas, que podem ser consultadas no site do Catálogo Nacional de Cursos Técnicos. “Acho uma alternativa interessante e uma possibilidade financeira mais acessível para quem não pode pagar uma faculdade ou não quer ingressar em um curso de longa duração”.

 

Um curso como esse pode fornecer o conhecimento necessário para um jovem empreender ou despertar seu interesse para se aprofundar em uma área a ponto de ele resolver ingressar em uma faculdade. Além disso, dependendo do que estudou, às vezes a pessoa pode ganhar mais do que alguém graduado. “Eu conheço pessoas que ganham mais do que médicos empreendendo em marcenaria. Os apartamentos pequenininhos tem que ter uma marcenaria específica planejada e se o profissional trabalha muito bem ele cobra e as pessoas pagam”, exemplifica Adriana.

 

Não fazer nada

O cenário mais crítico é não estudar e não fazer nada. “As rotinas são estruturantes na vida de qualquer pessoa e quem não tem rotina precisa ter muita autodisciplina, não?”, questiona Adriana. Se a demanda por uma rotina não vem de fora, de um comprometimento com sair de casa, ir para a instituição de ensino, interagir com as pessoas, estudar, fazer tarefas e cumprir com as obrigações estudantis, a pessoa precisa ter muita autodisciplina para adquirir a competência do autogerenciamento. Afinal, essas habilidades são importantes para a vida em geral e o trabalho, e o estudo universitário abre esse campo.

 

No caso de a pessoa decidir que não quer estudar, Adriana aconselha trabalhar. O trabalho é socializador e aprende-se de qualquer maneira. A desvantagem dessa escolha é que sem qualificação o indivíduo fica para trás e vai perdendo posições na fila das promoções e da faixa salarial. Por outro lado, quem aproveita as boas oportunidades, tem interesse e se dedica, pode ser dar bem. “Muitas pessoas que não estudaram acabaram virando excelentes empresários. O que não leva a lugar nenhum é não trabalhar, não estudar e ficar só em casa fazendo nada”.

 

Viagem ou período sabático

Quem tem condição financeira pode fazer uma viagem ou tirar um período sabático para conhecer lugares e culturas diferentes. Aqui a proposta é viajar com vontade de aprender, desenvolver um olhar de curiosidade pela história dos lugares e especialmente pela cultura e o modo de vida.

 

“Esse investimento é a aquisição de cultura e conhecimento. A pessoa pode conhecer outros idiomas, fazer networking mesmo com pessoas de outros países e entender como o mundo funciona. Sair da bolha, eu acho que esse é o grande aprendizado das viagens e que entra na sua bagagem pessoal”, comenta Adriana. A partir dessa experiência e das vivências que ela proporciona, podem surgir insights que permitam a pessoa identificar uma atividade na qual ela gostaria de trabalhar.

 

Autoconhecimento

Independentemente da escolha entre estudar, viajar, trabalhar ou não fazer nada, investir em autoconhecimento é fundamental. Esse é um ponto importante, seja na vida acadêmica, seja na vida prática. É um investimento em benefício da reflexão para a pessoa entender seus sentimentos e emoções frente aos desafios e as oportunidades.

 

“Eu acho que é sempre a chance de você se conhecer um pouco melhor para que as suas escolhas futuras sejam cada vez mais adequadas àquilo que faça sentido e tenha valor para você”, diz Adriana, sugerindo buscar uma terapia com psicólogo ou profissional especializado ou um orientador de carreira bem recomendado.

 

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