Professor da ESPM fala sobre as vantagens dos jogos de mundo aberto para os gamers e para a saúde mental
Por acaso, você sabe o que são jogos de mundo aberto? Nesta modalidade de game, os jogadores são livres para se locomover, contando com um espaço “ilimitado”. Um estudo publicado recentemente pelo Journal of Medical Internet Research, identifica que os jogos de mundo aberto permitem aos gamers explorarem mundos virtuais no seu próprio ritmo e sem grandes restrições.
Os jogos de mundo aberto podem oferecer benefícios substanciais para o escape cognitivo (capacidade de se distanciar de preocupações e estresses da vida real), promovendo o relaxamento e a melhora do bem-estar mental. Para te ajudar a entender como funciona o “mundo aberto” e como ele pode auxiliar na saúde mental dos jogadores, convidamos Vince Vader, professor da graduação em Ciência de Dados e Negócios da ESPM.
O que são jogos de mundo aberto?
O “mundo aberto” nos games refere-se a um ambiente livre e explorável, onde os jogadores podem se mover sem enfrentar restrições. O jogo de mundo aberto permite que o gamer escolha quando realizar as missões e os objetivos.
Ambientação dos jogos de mundo aberto
De acordo com o professor, a importância da ambientação nos jogos de mundo aberto serve como um elemento que pode proporcionar uma experiência relaxante. “A partir do momento que o jogo não possui uma ação constante, ele permite que os jogadores tenham momentos de exploração e contemplação da paisagem, tornando-se um exercício relaxador para o gamer”.
“Explorar, caminhar e apreciar a paisagem é bem legal e serve como um exercício importante para a saúde mental do jogador. Eu joguei bastante Red Dead Redemption, esse game possui momentos de ação, mas também há momentos de reflexão. Já houve dias que eu entrava no jogo apenas para ficar andando a cavalo, aproveitando a paisagem e imaginando como fizeram todos aqueles gráficos”, comenta Vince.
Jogos ajudam na redução do estresse e da ansiedade?
“O videogame também é uma forma de entretenimento que nos proporciona uma pausa da rotina diária. Através dos jogos, podemos vivenciar novos mundos, realidades e a possibilidade de ser alguém diferente. O nível de dificuldade de cada jogo também serve como um escape cognitivo, pois exige que o jogador mantenha seu foco e concentração nos desafios”, afirma o professor.
Benefícios e riscos da imersão no videogame
Segundo Vince, a imersão em mundos fictícios pode ser uma forma saudável de escapismo, desde que não interfira na vida pessoal e nas responsabilidades. “O problema começa quando você passa tanto tempo imerso nisso que deixa de cumprir compromissos importantes ou acaba se afastando das pessoas ao seu redor. O equilíbrio é essencial e o limite entre o saudável e o prejudicial varia para cada pessoa”.
Jogos X Vida social
“Os jogos de mundo aberto podem tanto incentivar a socialização quanto reforçar o isolamento social, mas isso depende da forma como são jogados. Se você está jogando online, interagindo com outros jogadores, mesmo sem conversar diretamente, há um exercício de socialização”, explica o professor.
“Eu, por exemplo, gosto muito de jogar títulos como Elden Ring e Dark Souls, que até possuem elementos de interação, mas, para mim, a melhor experiência deles é jogar sozinho. Não há um jeito certo ou errado de jogar, pois cada jogador deve escolher o que lhe faz bem, seja em grupo ou sozinho”, pontua Vince.
O professor afirma que além do próprio jogo, a socialização também acontece em comunidades externas, como Reddit, Twitch e YouTube, onde os jogadores discutem experiências, estratégias e compartilham o interesse pelo game.
LEIA TAMBÉM:
Aprenda como usar o ChatGPT para estudar
Entenda o que é coloração pessoal
Educação socioemocional: entenda o que é e qual a sua importância
