5 previsões que deram errado na área tecnologia

Apple caloteira, carros vão perder para os cavalos, computadores só no escritório, TV é modinha e o fim da internet. Confira previsões curiosas que fracassaram

 

Você consegue imaginar, hoje, que alguém não acreditasse que o telefone poderia ser um meio de comunicação eficiente e popular? Mas e se você fosse uma pessoa que vivesse em 1876? Ou melhor: e se você, a partir dessa crença, deixasse passar a oportunidade de comprar a patente de Alexander Graham Bell e seus sócios por US$ 100 mil? Esse foi o caso de William Orton, presidente da Western Union Telegraph Company. Pois é… Mas não se apresse em julgamentos. Afinal, ninguém tem bola de cristal e, em retrospectiva, somos todos “engenheiros de obra pronta”, não é mesmo?  

 

Nem uma mordidinha na maçã… 

 

Além dos dois Steves, o Jobs e o Wozniak, a Apple tinha um terceiro fundador e sócio, chamado Ronald Wayne. No dia 12 de janeiro de 1976, apenas 12 dias depois da fundação da empresa, ele vendeu sua participação de 10% no negócio por… US$ 800! Hoje, sua participação valeria meros US$ 259 bilhões – uma vez que a Apple está avaliada em US$ 2,59 trilhões. Mas por que ele saltou do barco tão cedo? Medo de calote. Isso mesmo: ele achou que a empresa quebraria, pois, para atender o primeiro grande pedido, de 50 computadores para a loja Byte Shop, eles precisariam de US$ 15 mil. Desconfiado de um eventual calote do comprador, achou melhor não arriscar seu capital. A falta de visão de Ronald, que virou o dono de uma loja de compra e venda de selos e moedas raras, vendeu nos anos 90 o contrato original da Apple por US$ 500 para um colecionador que, em 2011, o vendeu por US$ 1,5 milhão. 

 

Apostando nos cavalos 

 

Quando o automóvel surgiu, foi tratado como uma mera curiosidade, sem muito futuro. A ponto de a influente revista semanal Literacy Digest, em 1889, ter praticamente “decretado”: “A ‘carruagem sem cavalo’ normal é, no momento, um luxo para os ricos e, por causa o seu preço, provavelmente vai falhar no futuro. Com certeza, jamais se tornará tão comum quanto a bicicleta”. 14 anos depois, já em 1903, alguém ainda insistia nessa visão, com a frase “o cavalo está aqui para ficar, mas o automóvel é apenas uma novidade”. Tratava-se do então presidente do banco de Michigan, ao “aconselhar” o advogado de Henri Ford, exatamente no ano da fundação da Ford Motor Company.  

 

Uma coisa assim, meio sem razão…

 

Em 1977, ninguém apostava na possibilidade de um computador ser algo necessário dentro de uma casa. Nem mesmo o presidente e fundador de uma empresa de… computadores! Ao menos não Ken Olson, da Digital Equipment Corp, que disse então: “Não há nenhuma razão para alguém querer um computador em casa”. Antes de achar que ele era meio “sem noção”, é preciso sair em sua defesa – e saber que ele não estava só. Até a IBM, que lançaria o IBM PC (Personal Computer) em 1981, vinha dessa cultura (seu presidente em 1943, Thomas Watson, disse certa vez “Eu acredito que há mercado para talvez cinco computadores”, partindo do uso e do tamanho do equipamento de então…). Naquele tempo, não estava no horizonte o uso não corporativo desses equipamentos, que costumavam ser enormes e ocupar sozinhos uma sala inteira.  

 

Fora do ar 

 

Quando John L. Baird montou seu primeiro protótipo de televisor, em 1920, ou quando conseguiu uma transmissão de imagens cinco anos depois, muito se especulou sobre o futuro dessa invenção. E por um longo tempo. Mesmo depois de iniciada a produção de aparelhos em larga escala em 1945. Um ano depois desse lançamento, um famoso produtor de cinema e também fundador da 20th Century Fox previu um futuro não tão brilhante para a TV: “A televisão não vai conseguir se segurar por mais de seis meses. As pessoas vão se cansar de olhar para uma caixa de madeira todas as noites”. Temos de dar um desconto para ele: desde sempre, a perspectiva de sucesso da TV poderia significar a morte do cinema como entretenimento.  

 

Algo que vai sumir no ar 

 

Desde sempre, houve muita gente apostando que a internet não passaria de uma curiosidade que, passado o frisson inicial, cairia naquela categoria de “coisas que vieram e passaram”. Mas uma dessas pessoas teve de, literalmente, engolir suas palavras. Trata-se do engenheiro americano Robert Metcalfe, fundador da 3Com e formulador da “Lei de Metcalfe” (“O valor de um sistema de comunicação cresce na razão do quadrado do número de usuários do sistema”). Em 1995, ele disse: “Eu prevejo que a internet vai crescer como uma supernova e então, em 1996, sofrer um colapso catastrófico”. E foi além: prometeu que comeria suas palavras caso sua previsão não se tornasse realidade. Bem, todos sabemos que ele errou feio – e, para cumprir sua promessa, pegou uma cópia do texto com sua fala, bateu num liquidificador com um pouco de água e… comeu tudinho na frente de uma plateia gigante em plena Conferência Internacional da World Wide Web, em 1997. 

 

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