8 curiosidades sobre tecnologia

A mulher que inventou a programação, o computador Zezinho, a primeira página na web e muito mais. Mesmo as avançadas criações e empresas de informática escondem boas histórias

 

Quem inventou o computador?

Se você considerar o projeto da máquina analítica, foi o britânico Charles Babbage, cuja memória armazenaria mil números de 40 dígitos, inserindo-se dados e “programas” por meio de cartões perfurados. A máquina nunca foi concluída, mas seus estudos foram a base para muito do que se desenvolveu depois. Já se o conceito for o da máquina como conhecemos hoje, devemos creditar dois pesquisadores: o húngaro John Von Neumann (que viria a trabalhar no desenvolvimento do ENIAC) e o britânico Alan Turing (sim, o mesmo que praticamente decidiu a Segunda Guerra ao decifrar o código da Enigma, utilizada para cifrar mensagens trocadas pelos nazistas – e cuja história foi contada no premiado filme O Jogo da Imitação (2014).

 

A mulher que inventou a programação

Matemática e escritora, a britânica Augusta Ada King (nascida Augusta Ada Byron e filha do poeta Lord Byron – e também conhecida como condessa de Lovelace) rapidamente identificou a grandiosidade do que Babbage estava estudando e, baseada nas suas anotações, ela simplesmente escreveu um algoritmo que permitisse à máquina de Babbage calcular os “números de Bernoulli” (em uma bem resumida explicação, são os números utilizados no princípio matemático que estabelece a relação da velocidade de um fluido com sua pressão).

 

Conhece o Zezinho?

Esse foi o carinhoso nome dado ao primeiro computador feito no Brasil, em 1961 – fruto de um trabalho de conclusão de curso de quatro alunos do ITA (Instituto Tecnológico de Aeronáutica), em São José dos Campos (SP): Alfred Volkmer, András György Vásárhelyi, Fernando Vieira de Souza e José Ellis Ripper Filho, sob orientação do Professor Tien Wei Chu. A história, porém é cercada de polêmica: a Escola Politécnica da USP também proclama que seu Patinho Feio foi o primeiro. Porém, ele só funcionou 11 anos depois do Zezinho… Detalhe: Zezinho tinha 8 posições de memória de 8 bits. No vídeo abaixo, você encontra um depoimento de Alfred Volkmer ao Centro Acadêmico Santos Dumont, do ITA:

 

O que é Electronic Numerical Integrator and Computer – ou ENIAC?

Acertou se respondeu que esse foi o primeiro computador eletrônico digital, apresentado ao mundo em 14 de fevereiro de 1946. E esse nome comprido significa, em português, Computador e Integrador Numérico Eletrônico. Saiba mais no vídeo do Computer History Archives Project:

 

Qual foi a primeira página da web?

Nada glamorosa e bem pouco atraente, tratava-se de uma espécie de “memorial descritivo”, contando apenas com texto, sobre o que é a World Wide Web. Ela subiu no site da Organização Europeia para a Pesquisa Nuclear (CERN), onde está intacta até hoje. Clique aqui para acessar.

 

Computador na banca de jornal

O primeiro PC doméstico, Altair 8800, foi criado em 1975 , a partir da CPU Intel 8080 – e era vendido como um kit do tipo “faça você mesmo” na revista Popular Electronics. Sua memória: 256 bytes, que permitiam solucionar cálculos complexos em poucos dias. Assista a um tutorial sobre seu painel frontal abaixo:

 

Primeiro longa-metragem feito 100% em computador era brasileiro?

Qualquer busca que você der na internet vai apontar Toy Story, da Pixar, como o primeiro filme integralmente produzido por computador – tendo sido lançado em dezembro de 1995. Porém, há controvérsias. Isso porque o filme de animação brasileiro Cassiopéia foi iniciado muito antes do blockbuster, em 1992 – mas só foi lançado três meses depois… Porém, há outra controvérsia: o Made in Brazil foi feito totalmente por CGI, enquanto a produção hollywoodiana usou moldes reais para confeccionar os personagens. Mais uma disputa do tipo Santos Dumont e Irmãos Wright para a rivalidade entre brazucas e ianques. Se quiser ver a produção nacional, acesse o link abaixo:

 

Escravo mecânico – vulgo robô

A palavra robô deriva da palavra tcheca “robota” – que significa trabalho forçado. Talvez tenha sido exatamente essa ironia que inspirou o dramaturgo Karel Čapek a adotá-la para nomear os autômatos humanoides (que viriam também a ser conhecidos por androides) em sua peça teatral de ficção científica de 1920 “R.U.R.” (sigla para Rossumovi Univerzální Roboti – ou Robôs Universais de Rossum).
Vale como curiosidade: no link, uma montagem da Escola Secundária de Trieste G. Corsi, de 2016:

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