O professor Flavio Marques Azevedo, coordenador de Sistemas de Informação da ESPM, explica tudo o que você precisa saber sobre área e quais as habilidades para atuar nela
Em um mundo cada vez mais digitalizado, surgem descobertas, oportunidades de negócios, novas formas de trabalhar e de aprimorar o que já existe. Este é apenas um dos contextos para colocar em prática habilidades como o raciocínio lógico, de entender as informações, organizá-las e aplicar tudo isso em soluções para a vida real. Existe, sim, um curso onde é possível aprender (e aprimorar) tudo isso, especialmente se você é curioso e curte tecnologia. A seguir, o professor Flavio Marques Azevedo, coordenador do curso de Sistemas de Informação da ESPM, explica o be-a-bá desse bacharelado oferecido pela instituição desde 2014.
O que são “os sistemas de informação”?
Vamos falar no singular: um sistema de informação (SI) é um conjunto de componentes inter‐relacionados que coleta, manipula, armazena e dissemina dados e informações. “Além disso, fornece mecanismo de realimentação (feedback) para atingir um objetivo. Isso envolve as pessoas somadas à Tecnologia da Informação (TI), que por sua vez é o conjunto de hardware (equipamento ou dispositivos) e software (aplicações).”
Não, não é só para gênios!
Primeiramente, o aluno deve gostar de tecnologia e ter um espírito que desperte a curiosidade. “Além disso, é importante que já venha com uma bagagem em termos de raciocínio lógico, muito mais importante do que ter um profundo conhecimento em matemática.”
Por onde eu começo?
Ao escolher um curso, a graduação básica deve priorizar um currículo base que contemple linguagens de programação (para a resolução de problemas), sólidos conhecimentos em bancos de dado (modelagem, arquitetura e visualização de dados) e uma área de engenharia de software (desenvolvimento de aplicações e o processo de gestão).
É um campo muito vasto!
Isso porque a tecnologia está em todo lugar. “Temos estudantes trabalhando com tecnologia em Bancos, FinTechs, empresas de tecnologia e consultoria”, analisa. “Em termos de áreas estão as carreiras de dados (analistas de BI, cientistas de dados, engenheiro de dados), de desenvolvimento (web, mobile, full stack), da área de segurança, de infraestrutura em nuvem, dentre muitas outras.
Um mercado em expansão acelerada
Os números falam por si: de acordo com um levantamento da GeekHunter, especializada em recrutar profissionais de TI, esse setor se destacou entre as contratações em 2020, o número de vagas abertas cresceu 310%, muito em parte pelas companhias buscando por inovação, ganho de eficiência e necessidade de digitalizar as operações rapidamente por conta do isolamento.
Tem boas perspectivas para 2021
A pesquisa IDC Predictions, que antecipa tendências e movimentos de mercado, feita pela International Data Corporation (IDC) Brasil mostra que 42% das empresas brasileiras pretendem aumentar o orçamento em tecnologia para este ano, impactando em um crescimento de 7% para o segmento de Tecnologia da Informação e da Comunicação (TIC). E quando considerado apenas o setor de Tecnologia da Informação (TI), a alta está prevista em 11%. Já para a área de telecomunicações, serão apenas 2%.
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