Coisas que hoje fazem parte de nosso cotidiano escondem histórias incríveis – algumas até inacreditáveis, como não terem sido lançadas…
Coisas que hoje fazem parte de nosso cotidiano, de modo que nem percebemos sua presença, de tão naturalmente acostumados que estamos a elas, podem esconder histórias curiosas sobre sua criação. Aqui, separamos algumas delas – de uma simples caneta esferográfica ao smartphone.
Afinal, quem inventou a câmera digital?
A Eastman Kodak apresentou em 1975 o primeiro protótipo de uma câmera fotográfica digital, resultado da pesquisa conduzida por Steve Sasson. Era um equipamento grande, que pesava 4kg e armazenava as imagens em uma fita cassete usando um sensor utilizado até nas câmeras atuais, o Charged Coupled Device (CCD). Os executivos da empresa, porém, não se entusiasmaram com a ideia – afinal, aquela era uma empresa de filmes, papéis e outros produtos químicos para fotografia… Mesmo assim, a invenção foi patenteada em 1976 e, como sabemos, nunca foi lançada. Em 2012, diante dos avanços digitais e dos smartphones, a Kodak declarou falência.
Qual foi o primeiro smartphone?
“My name is Simon. IBM Simon.” Se fosse um personagem como 007, seria assim que o primeiro smarthponhe da história se apresentaria no remoto 23 de novembro de 1992. No formato “tijolão”, operava por um sistema semelhante ao DOS e oferecia (então) impressionantes 1MB de memória e 1MB de armazenamento – e tela LCD monocromática que (acredite!) já era touch. O suficiente para trazer câmera, acesso a aplicativos e até tocador de músicas. E até para trocar mensagens com PCs com auxílio do Dispatch, e também de permitir transmissão de fax.
Telefone sem fio
Já ouviu falar em Roberto Landell de Moura? Ou melhor, no gaúcho padre Landell? Pois saiba que ele, um autodidata que aos 16 anos produziu um manuscrito no qual registrava a criação de um aparelho telefônico semelhante ao de Bell, foi um dos pioneiros das telecomunicações – e merecedor de figurar na mesma galeria de nomes como Marconi Gugliemo, Graham Bell, Nikola Tesla e Heinrich Rudolph Hertz. E por quê? Foi ele o responsável, em 1899, pela primeira transmissão de voz por ondas de rádio sem fio, numa demonstração pública em São Paulo. Traduzindo: um verdadeiro telefone sem fio!
Caneta esferográfica
Imagine o pesadelo de usar uma caneta que, quando não borrava o papel, ficava rapidamente com a tinta ressecada dentro de seu corpo. Um tormento… Ao observar como a tinta preenchia o cilindro de impressão de uma rotativa, o revisor tipográfico húngaro Laszlo Biro, de um jornal de Budapeste, logo imaginou usar o mesmo princípio numa escala menor – numa caneta! Em parceria com seu irmão Georg e um amigo, o técnico industrial Imre Gellért, chegaram ao modelo no qual uma esfera de aço livre para girar na ponta da caneta recebia a tinta pressionada por um pistão de rosca sobre o tubo (a carga).
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