A relação entre seres humanos e robôs já foi abordada de diversas formas no cinema. Na visão de alguns roteiristas, seres artificiais e de carne e osso travarão uma batalha pelo controle da terra. Para outros, máquina e homem poderão conviver em paz e até mesmo nutrir sentimentos um pelo outro. JC Rodrigues, mestre em Comportamento do Consumidor e professor de MBA e pós-graduação da ESPM, levou o assunto ao Social Media Week, evento de comunicação digital que está sendo realizado entre os dias 9 e 13 de setembro na ESPM.
O professor apresentou alguns estudos que tratam da relação emocional entre humanos e máquinas e apontou que a convivência entre robô e homem vai depender da capacidade empática desses dois seres. “Isso vai nos levar a pensar se vamos tratar o robô como um eletrodoméstico, que podemos desligar e tudo bem. Ou como um ser, que vamos amar, proteger e ficar felizes em ver quando chegarmos em casa”, afirma Rodrigues. “A empatia é considerada um traço de personalidade. Uma qualidade ou uma característica de um indivíduo capaz de processar emoções e sentimentos com relação ao outro. Empatia é uma capacidade que um ser pode ou não ter em relação ao outro.”
Segundo o especialista, a maneira com que nos relacionamos com as máquinas já vem passando por algumas mudanças. “No início, as encarávamos como ferramentas, artefatos que nos ajudavam a realizar alguma tarefa mecânica. Simplesmente uma ferramenta que ampliava minha capacidade mecânica”, disse Rodrigues. “Um outro nível dessa relação homem e máquina é enxergarmos a máquina como processador, que aumenta nossas capacidades cognitivas, de aprendizado e de organização da informação”. Um exemplo apontado pelo especialista é que já não precisamos mais gravar números de telefone ou informações que podem rapidamente ser buscadas no Google. “Basicamente, estamos terceirizando a nossa capacidade, o nosso esforço cognitivo para uma máquina”.
Em uma relação ainda mais próxima, que é o que muitos especialistas apontam para o futuro, humanos e máquinas serão parceiros no mercado de trabalho. “Nessa situação, a máquina assume tanto capacidade de autonomia e de aprendizado que trabalha junto com o ser humano”, comentou Rodrigues. “Quando falamos em inteligência artificial, machine learning, IoT, a máquina é parceira do ser humano, podendo chegar a um ponto que ela é entendida como um ser.”
É a partir daí que devemos pensar em como iremos nos relacionar com esses seres artificiais. “Essa discussão vai chegar a um ponto que nossa capacidade empática ou daquela coisa [a máquina] é o que vai determinar se a evolução dessas duas espécies vai se dar de uma forma positiva. Se as vidas biológica e artificial vão conviver de uma maneira pacífica.”
E já que começamos esse texto falando do cinema, deixamos aqui o trailer de duas produções de Hollywood com visões distintas sobre a relação entre humanos e máquinas para que você reflita sobre o tema:
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