Adriana Gomes, líder do Programa de Integração Nacional de Carreiras da ESPM, dá conselhos valiosos para quem está decidindo o futuro profissional
Tem dúvidas ou simplesmente não tem ideia do que você espera da sua carreira? Então se liga nessa lista que preparamos para você. Os conselhos foram feitos com base em uma entrevista com Adriana Gomes, líder do Programa de Integração Nacional de Carreiras da ESPM e diretora do site Vida&Carreira.
1 – Descubra quem você é e o que você gosta
De acordo com Adriana, o primeiro passo é analisar quais são os seus interesses e quais áreas mais chamam sua atenção. “É importante entender quais os fatores mais o impactam, quais disciplinas gosta e quais menos gosta”, diz a orientadora de carreiras. “Dentro dessas áreas, analise quais são as profissões ou cursos que o interessam mais. Só não imagine que vai ganhar dinheiro logo de cara. A remuneração vai ser uma consequência de um trabalho bem feito.”
2 – Não tenha pressa
Para a especialista, os jovens se preocupam muito mais com a idade do que o próprio mercado. Adriana explica que as empresas estão mais preocupadas com as competências comportamentais (soft skills) e técnicas. “É óbvio que algumas empresas com planos de carreira mais estruturados vão ter algumas idades limites para contratar analistas júnior, por exemplo. Mas entendo que isso hoje é menos importante do que as competências técnicas e comportamentais.”
3 – Vá conhecer outra cultura
Segundo a especialista, o jovem pode aproveitar o tempo livre para fazer um intercâmbio, por exemplo. “Viajar, conhecer outras culturas, ter uma vivência no exterior. Isso pode ser muito enriquecedor”, analisa Adriana. “Seis meses não vão impactar de uma forma absurda a vida de uma pessoa. Muito pelo contrário: pode ser que nesse período ele tenha experiências que possam gerar maturidade, autonomia e autoconfiança”.
4 – Siga o seu sonho e não o do seus pais
“Ao longo de 30 anos, atendi um número bem alto de pessoas que foram fortemente influenciadas pela família e acabaram não sendo felizes na continuidade da carreira”, comenta a orientadora. “Em determinado momento, essa conta chega e a pessoa precisa fazer um trabalho enorme para fazer uma mudança de carreira.”
5 – Busque o seu propósito
Adriana lembra que “passamos muito mais tempo em nossas relações de trabalho do que em qualquer outra relação da vida”. Por isso, temos que escolher algo que faça sentido. “Não que você vá fazer algo que goste 100% do tempo, mas tem que escolher algo que tenha algum significado, valor ou propósito para você, que te preencha internamente”, diz a especialista. “Muitas vezes o sucesso é associado ao ganho, ao acumulo de bens. Mas muitas pessoas que ganham muito bem não se sentem felizes e realizadas profissionalmente. Gostar daquilo que você faz é um fator preponderante na sua percepção de sucesso.”
6 – Suas decisões não são definitivas
O movimento de mudança nas carreiras será cada vez mais comum. “O mercado está mudando rapidamente. O conhecimento que você tinha há dez anos já não serve para quase nada hoje. Então, essa reciclagem e essa adaptação vão ser um movimento cada vez mais frequente”, comenta a orientadora. “Algumas pessoas questionam: ‘Estudou direito e agora vai fazer tecnologia?’, como se não tivesse nada a ver. Tem tudo a ver! Algumas disciplinas são transversais e vão ser importantes em qualquer segmento de mercado”.
7 – Escolheu o curso errado? Busque aconselhamento
“Se descobrir que não gostou do curso, acho que vale a pena entrar em contato com a área de carreiras de sua escola e conversar com os orientadores de plantão”, recomenda Adriana. “Agora, se falta apenas um semestre para a conclusão do curso, minha sugestão é que termine. Ao menos você vai ter uma graduação no currículo. Hoje muitas empresas não fazem restrições em relação ao curso, você pode desenvolver uma carreira muito bacana, apesar de não ter feito um curso que tenha uma aderência tão grande com você”.
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