5 mitos sobre a carreira em Ciências do Consumo

Coordenador do curso de Ciências  do Consumo da ESPM mostra como essa área vai além das humanidades

 

Quando foi fundamentada por Durkheim no final do século XIX, a sociologia analisava a sociedade em um contexto político e de grupo, e foi a partir dela que nasceram os métodos para as áreas como administração e comunicação. Mas o panorama mudou, permitindo que, em algumas escolas, o consumo se tornasse também objeto de estudo – como aconteceu com o curso de Ciências do Consumo da ESPM. “Entender as mudanças do estilo de vida tem sido a pauta contemporânea do que está acontecendo na sociedade e o repertório tem que ser mais amplo e abranger diversos autores além de Durkheim”, explica Tiago Andrade, coordenador do curso. Esse reposicionamento fez surgir novas atribuições que levam pelo ralo alguns mitos sobre a profissão.

 

1. A graduação se destina apenas a quem se preocupa com causas sociais

O cientista social sempre foi visto como um pessimista, porque ele aponta problemas e propõe soluções e, portanto, só atua em questões conflituosas e de desigualdade. Hoje não é mais assim. O profissional também pode atuar em áreas como moda ou até a indústria automotiva, propondo maneiras de reduzir o impacto desses setores no meio ambiente, por exemplo.

 

2. Ciências sociais e de consumo têm destaque majoritário na carreira acadêmica

Não, porque atualmente existe uma ampla gama de possibilidades para quem se gradua na área. O carro chefe é o estudo de tendências de consumo e de comportamento humano – e isso é aplicado em diversos setores: desde o consumo responsável, passando pela inclusão social e o desenvolvimento de políticas de diversidade em uma empresa, até a concepção de roupas não-binárias, por exemplo.

 

3. O cientista social e de consumo é um humanista puro

Não, porque para poder trabalhar ele precisa ter uma visão transversal do mundo e da sociedade. Na graduação existem disciplinas como bioética, para discutir as consequências da clonagem de animais e humana, o uso de óculos ou lentes de contato com aplicativos e o carro não tripulado. O profissional também pode atuar com profissionais no desenvolvimento de e-commerce, pensando em maneiras de atrair a atenção do cliente e efetivar a compra, e para isso tem de entender de tecnologia, programação e dados.

 

4. É uma ótima profissão para quem não gosta da área de exatas

Não é bem assim. Uma das necessidades essenciais que causa sofrimento em muitos alunos é saber interpretar dados, estatísticas e ter bom conhecimento de matemática. Vivemos em uma era digital e o profissional precisa entender de inteligência artificial e programas de computador, porque esse conhecimento ajuda a estabelecer uma linha de pensamento para operacionalizar o mundo digital.

 

5. O profissional não atua no desenvolvimento de produtos

Ele não cria o produto diretamente, mas, entre outras atribuições, complexifica as discussões e vê o todo, tendo uma facilidade maior de enxergar os problemas de quem está apenas preocupado com lucro. Dessa maneira, consegue diminuir o risco de uma empresa lançar roupas tamanho G, que vestem somente até o número 48.

 

 

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