Dos clássicos aos best-sellers, professora indica obras para despertar o prazer pela leitura
Um dos motivos para não gostar de ler é a dificuldade de se transportar para as histórias. “O desenvolvimento desse hábito estimula a imaginação e a criatividade, ajuda a ampliar e a aprimorar vocabulário, expande a nossa capacidade de abstração ao nos levar a tempos e mundos muito distantes da nossa própria realidade e, principalmente, nos ajudar a enxergar a vida por diferentes ângulos”, avalia Rosimeire Giabinni, professora de Geografia e Projeto de Vida do Instituto Madre Mazzarello, em São Paulo. Para tornar esse caminho mais prazeroso, a educadora elaborou uma lista para despertar o prazer pela leitura. Veja a seguir 11 livros para quem não gosta de ler:
1. Game of Thrones, George RR Martin
A saga também dá o nome ao primeiro dos sete livros de As Crônicas de Gelo e Fogo (1996), série de romances de fantasia do autor norte-americano. Os acontecimentos são apresentados a partir de vários pontos de vista dos personagens das casas nobres de Westeros, da Muralha e dos Targaryen. Deu origem a diversas obras spin-off e jogos, sendo a base para a primeira temporada da série de televisão da HBO (2011).
2. Harry Potter, J.K. Rowling
A série de sete romances de fantasia, que teve sua primeira obra lançada em 1997, narra a vida de um jovem bruxo, Harry Potter, e de seus amigos Hermione Granger e Rony Weasley, todos estudantes da Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts. A história central é o conflito de Harry com o bruxo das trevas Lord Voldemort, que pretende se tornar imortal e subjugar bruxos e trouxas (pessoas não-mágicas). Em fevereiro do ano passado, os livros atingiram mais de 600 milhões de cópias em todo o mundo, tornando-os a série mais vendida da história, disponível em 85 idiomas. Os sete livros originais foram adaptados para oito filmes homônimos pela Warner Bros.
3. Desventuras em Série, Lemony Snicket
A série de treze livros que começaram a ser lançados em 1999, trata das aventuras dos três órfãos Baudelaire após a morte de seus pais em um incêndio e as agruras vividas nas mãos de diferentes tutores. A ambientação da história é anacrônica, e a série é repleta de alusões literárias e culturais. Os três primeiros livros foram adaptados para o cinema (2004) e a série ganhou uma versão também na Netflix (2017).
4. Percy Jackson & Os Olimpianos, Rick Riordan
A série com cinco livros, publicados entre 2005 e 2009, conta a saga do menino Percy Jackson, que aos 12 anos descobre que é um semideus, filho de Poseidon. A história, que combina muita aventura e mitologia grega, se passa em Nova York nos anos 2000, ganhou milhões de fãs em todo o mundo e vários spin-off. Este ano, o streaming Disney Plus incluiu o título no catálogo da plataforma.
5. Terror a Bordo: 17 histórias turbulentas, vários autores
O livro tem curadoria de Stephen King, mestre do terror e autor best-seller mundial, e de Bev Vincent (colunista da revista de terror Cemetery Dance). Como o título adianta, são 17 contos em torno de tudo o que pode dar errado quando se está a 20 mil pés de altura e sem poder sair.
6. Histórias Extraordinárias, Edgar Allan Poe
Livro de 1845, do escritor norte-americano Edgar Allan Poe, sinônimo de histórias de mistério, suspense e narrativas de teor sobrenatural. O livro reúne dezoito contos fantásticos, com personagens de grande profundidade psicológica vivendo situações apresentadas por artifícios discursivos inovadores até hoje.
7. Memórias Póstumas de Brás Cubas, Machado de Assis
Leitura obrigatória dos estudantes brasileiros, a obra lançada em 1881 inaugura o Realismo no Brasil. Assim como os demais livros do autor, traz seu tom cáustico e irônico e rompe com a narração linear e objetivista da época para retratar a escravidão, as classes sociais, o cientificismo e o positivismo da época. Também antecipou e precedeu uma série de elementos de vanguarda que só seriam ampliados e assimilados no século seguinte.
8. Os Sertões, Euclides da Cunha
Do jornalista e escritor brasileiro. Tem como pano de fundo a Guerra de Canudos (1896-1897), ocorrida no interior da Bahia. O livro de 1902 é uma obra fundamental (e obrigatória) da literatura e da cultura nacional, sendo considerado o primeio livro-reportagem brasileiro. Mescla as prosas científica e artística e também pode ser entendido como uma obra de Sociologia, Geografia, História ou crítica humana. Dividido em três partes (“A terra”, “O homem” e “A luta”), retrata o sertanejo, seu modo de vida e condição social; as origens da terra e, finalmente, o conflito.
9. O Pequeno Príncipe, Antoine de Saint-Exupéry
Clássico da literatura mundial, o livro lançado em 1943 marcou gerações de leitores, trazendo a história (de inspiração autobiográfica) de um piloto que cai com seu avião no deserto do Saara e encontra um “pequeno príncipe”. A obra, uma das mais traduzidas em todo o mundo e com ilustrações do próprio autor, apresenta elementos fantásticos e metáforas para valorizar aprendizados sobre afeto, sonhos, esperança e o sentido da vida.
10. Revolução dos Bichos, George Orwell
Fábula sobre o poder que narra a insurreição dos animais de uma granja contra seus donos. A história lançada em 1945 é, na verdade, uma sátira sobre corrupção e traição e recorre a figuras de animais para retratar as fraquezas humanas e para criticar o modelo comunista da era stalinista. Figura na lista elaborada pela revista americana Time dos 100 melhores romances da língua inglesa.
11. Ensaio sobre a Cegueira, José Saramago
A obra de 1995, uma das mais famosas e renomadas do autor, narra a história da epidemia de cegueira branca que se espalha por uma cidade, causando um grande colapso na vida das pessoas e abalando as estruturas sociais, assim como as reações do ser humano diante das necessidades e sua incapacidade e impotência — levando o leitor a refletir sobre a moral, costumes, ética e preconceito.
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