7 dicas sobre como identificar uma fake news

Veja alguns passos para não ser enganado por informações falsas e descubra as possíveis consequências para quem propaga esse tipo de conteúdo

 

Por causa de uma informação falsa, pessoas podem se desesperar sem motivo, cair em golpes e até mesmo tomar decisões erradas que podem prejudicar sua saúde. “Só se percebe o prejuízo de uma notícia falsa ou boato quando você é atingido”, afirma Jorge Tarquini, professor do curso de Jornalismo da ESPM e curador de conteúdo do #TMJ. Mas, afinal, como evitar ser enganado por informações falsas? Para te ajudar, preparamos 7 dicas sobre como identificar fake news:

 

1. Faça uma pesquisa

 

Recebeu algo e ficou desconfiado? Uma rápida busca sobre o assunto no Google pode te dar pistas se aquele conteúdo é verdadeiro ou não. Se aquela informação for verdadeira, provavelmente será publicada por um veículo de imprensa tradicional. Nessa busca você poderá descobrir também se alguma agência de checagem já investigou a veracidade dessa história. E se não encontrar nada sobre aquilo em suas buscas, terá mais um motivo para desconfiar. 

 

Conheça alguns sites que fazem checagem de notícias falsas:

 

Aos Fatos

Comprova

Fato ou Fake

Lupa

 

2. Desconfie até do seu melhor amigo

 

Não é porque alguém conhecido te enviou um conteúdo que aquilo é verdade. Seu amigo ou familiar também pode estar sendo enganado.

 

3. Não conhece a fonte? Não compartilhe!

 

Recebeu algum conteúdo em um grupo de WhatsApp sem fonte ou de alguma que você nunca ouviu falar? Não compartilhe! Afinal, é assim que as notícias falsas se espalham.

 

4. Verifique a data da publicação

 

A informação compartilhada pode ser verdadeira e de uma fonte confiável, mas ter sido publicada há meses ou até anos. É comum notícias antigas voltarem a circular como se fossem atuais. Por isso, verifique sempre a data de publicação. Encontrou algo errado? Avise quem compartilhou.

 

5. Atente-se aos erros

 

Muitos criadores de fake News fazem um trabalho bastante “profissional” que só após apuração de agências de checagem conseguimos descobrir se são verdadeiros ou não. Mas não é difícil encontrar notícias falsas com erros grotescos de português e montagens toscas.

 

6. Nem tudo que parece é

 

Não é porque alguém aparece de jaleco em um vídeo ou dá informações que parecem privilegiadas sobre os bastidores de um hospital, que aquele conteúdo é verdadeiro. Um exemplo é um áudio que rolou nas redes sociais esta semana em que uma mulher afirma que há de 600 a 700 internados por coronavírus no hospital Albert Einstein. As informações foram verificadas e desmentidas pelo Fato ou Fake.

 

7. Ajude a combater as fake news

 

Descobriu que recebeu algum conteúdo falso de um amigo ou em um grupo do WhatsApp? Ajude a quebrar essa corrente avisando quem te enviou que aquilo é fake. E se foi você mesmo quem compartilhou a mentira, faça o mesmo: avise todos os contatos que aquele conteúdo era falso.

 

Exemplo de fake news

Jorge Tarquini, professor do curso de Jornalismo da ESPM, alerta que notícias falsas podem ter duras consequências. Ele cita como exemplo um caso de 2014, quando uma mulher morreu no Guarujá, litoral de São Paulo, após ser linchada depois que uma página na internet espalhou um boato de que ela sequestrava crianças para utilizá-las em rituais de magia negra. “Não dá para achar que você vai espalhar um boato, ofender a moral de alguém e que isso não terá nenhuma consequência”.

 

Fake news é crime?

Quem espalha notícias falsas também pode responder na justiça. É o que afirma Luiz Carlos Correa, professor de Direito da ESPM. “No Brasil não há uma legislação específica sobre a divulgação das fake news. Entretanto, esta lacuna da lei não impede uma eventual responsabilização daqueles que produzam ou repassem essas notícias falsas, ainda mais quando são direcionadas a uma pessoa ou grupo específico, com o objetivo de prejudicar sua imagem”.

 

De acordo com o especialista em direito, vítimas de fake news podem buscar medidas judiciais para responsabilizar quem criou ou divulgou o conteúdo. “Seja na esfera cível, por meio de uma indenização reparatória, ou na esfera criminal, que pode levar a uma condenação quando praticados, por exemplo, os crimes contra a honra (injúria, calúnia e difamação)”.

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