8 regras não escritas do Jornalismo

Conheça normas não oficiais que são seguidas por jornalistas nas redações brasileiras

 

Regras não escritas funcionam como uma espécie de acordo coletivo. Não estão oficializadas em nenhum documento, mas são seguidas por todos indivíduos em um determinado ambiente. O Jornalismo está cheio delas. Confira a seguir as principais:  

 

Não aceitar presentes (caros) de empresas

 

Todo jornalista ama um jabá. Não estamos falando da carne seca, mas sim dos presentinhos enviados por assessorias de imprensa, apelidados nas redações com o mesmo nome dessa comida típica do Nordeste. Vão de lembrancinhas, como canecas, mochilas e squeezes até vinhos, equipamentos eletrônicos e viagens. Para evitar conflitos de interesse, alguns veículos desencorajam seus jornalistas a aceitarem mimos que ultrapassem determinado valor. Mas na maioria das redações, trata-se de mais uma regra não escrita.

 

Jamais revelar a identidade de uma fonte que fala em off

 

Trata-se de uma regra sagrada do Jornalismo, mas que provavelmente você não encontrará em manuais de redação. Se alguém te passa uma informação em off é seu dever proteger a identidade dessa pessoa. Quebrar esse acordo, aliás, poderá fazer com que você não perca apenas sua fonte, mas também a credibilidade para conquistar novas fontes.

 

Citar a fonte original ao reproduzir uma informação  

 

Quando a apuração não é sua, mas sim de outro veículo ou jornalista, nada mais justo do que dar os devidos créditos no momento em que a reproduzir. Caso trata-se de uma publicação online, é importante também criar um link para o texto original.

 

Jornalistas se declaram impedidos diante de possíveis conflitos de interesse

 

Imagine ter de apurar, por exemplo, uma acusação de fraude envolvendo um parente ou amigo próximo. Para evitar qualquer tipo de suspeita ou pressão, é comum jornalistas se dizerem impedidos de cobrir determinados fatos nessas ocasiões.

 

Sempre informar se uma viagem foi a convite

É comum empresas arcarem com os custos de passagens aéreas, hospedagem e alimentação quando jornalistas precisam viajar para cobrir algo relacionado aos seus produtos. Isso ocorre, por exemplo, em salões do automóvel, visitas a sedes e fábricas, competições esportivas patrocinadas por uma marca e visitas a sets de filmagem. Quando isso ocorre, um aviso de que o jornalista viajou a convite da empresa deve ser acrescentado a matéria.

 

Evitar divulgar informações sobre suicídios


O assunto é um tabu nas redações brasileiras. A imprensa raramente divulga informações sobre suicídios para evitar que outras pessoas se sintam encorajadas a tirarem a própria vida e também para preservar familiares. Essa regra só costuma ser quebrada quando algum famoso está envolvido neste tipo de caso.

 

Informações sobre sequestros apenas quando solucionados

 

Para não colocar em risco a vida de um refém e evitar a espetacularização de sequestros, há um “acordo de cavalheiros” na Imprensa para que só se noticie esses eventos quando tiverem sido resolvidos.

 

Sempre permitir o espaço do contraditório

 

Toda vez que uma fonte afirmar algo que possa ser questionado, como fazer alguma acusação, é imprescindível que se traga a outra parte, dado a ela o direito ao contraditório.

 

LEIA TAMBÉM:

Quiz: teste os seus conhecimentos sobre Jornalismo


12 mitos sobre a carreira em Jornalismo

Quer ver mais conteúdos do #tmj?

Preencha o formulário abaixo e inscreva-se gratuitamente em nossa newsletter quinzenal!

Você vai curtir

Compartilhe

Share on facebook
Share on twitter
Share on linkedin
Share on tumblr

INSCREVA-SE EM NOSSA NEWSLETTER