A influência cultural e política de ‘V de Vingança’

Máscara branca utilizada pelo protagonista da obra se tornou peça obrigatório para manifestantes ao redor do mundo

 

Por Matheus Rodrigues

 

“Sob essa máscara, há mais do que carne. Sob essa máscara, há uma ideia, Sr. Creedy. E ideias são à prova de balas.” V de Vingança foi um fenômeno que causou grande impacto na cultura e política desde o seu lançamento. A série de quadrinhos de Alan Moore e David Lloyd, publicada entre 1982 e 1983, narra uma Londres dominada por um regime totalitário e fascista bem fiel aos moldes de George Orwell, sendo combatida por um revolucionário mascarado chamado “V”.

 

E desde então, a máscara branca utilizada pelo protagonista V caiu como uma luva (quer dizer… uma máscara mesmo) na mente do público e marcou o imaginário popular, tornando-se um ícone midiático e sendo amplamente comercializada desde o lançamento do quadrinho e do filme de 2005.

 

A máscara também foi adotada pelo grupo hacker de cyberativismo “Anonymous”, cujo integrantes – como o próprio nome sugere – mantinham suas identidades escondidas. Os anônimos atuam na internet desde 2003 sob a prerrogativa de defender a liberdade digital e eventualmente se envolvem em causas políticas, como a Primavera Árabe, conflitos contra o Estado Islâmico, e as manifestações de 2013 no Brasil.

 

A máscara branca com uma expressão provocativa se tornou peça obrigatório para manifestantes ao redor do mundo. E ela não serve apenas para ocultar a identidade: assim como V profetizou na obra, essa máscara representa uma ideia.

 

Esse símbolo de insatisfação popular segue sendo adotado em causas atuais: revoltas em Hong Kong e Chile eclodiram em 2019 e a máscara desenhada por David Lloyd segue forte, mas dessa vez com um novo “concorrente”: o filme Coringa de 2019 também entregou um contexto que acabou aderindo bem ao consciente das populações insatisfeitas com o governo, e o povo adotou o visual do palhaço nas ruas. Seguindo um fenômeno muito parecido com o de V de Vingança.

 

Conteúdo originalmente publicado no Newronio, blog escrito pelos alunos do Arenas ESPM, agência experimental do curso de Publicidade e Propaganda da ESPM

 

Para conferir a nota completa, clique aqui.

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