História da fonte foi contada em uma entrevista de seu criador, o designer Vincent Connare
Amada por alguns e odiada por outros, a Comic Sans fez 25 anos recentemente e o canal do YouTube “Great Big Story” fez um vídeo com o criador dessa fonte icônica.
Muitas pessoas consideram a Comic Sans uma fonte imatura e infantil, algo que um professor usaria em uma apresentação de slides. Na realidade, era mais ou menos isso que Vincent Connare queria transmitir com sua criação. Ele contou no vídeo que queria criar uma tipografia que não fosse convencional como as já existentes e que apresentasse certa irregularidade (o que acabou se tornando seu charme).
Antes de trabalhar na Microsoft em 1994, Connare – que se considerava um adolescente rebelde – estudou arte em Nova Iorque. Ele passava boa parte de seu tempo em museus observando o que chamava de uma “boa arte”, que para Connar é aquela que faz você parar para refletir quando está em um museu. Quando entrou na Microsoft, Vincent Connare contribuiu para o processo criativo de várias fontes como “Webdings” e “Trebuchet” além, claro, da Comic Sans.
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Connare foi desafiado a criar uma fonte divertida para um programa chamado “Microsoft Bob”. Para isso, ele analisou algumas HQs do Batman e de Watchmen e tentou desenhar algo semelhante à tipografia dos quadrinhos mas sem copiá-la. Depois de várias tentativas, a Comic Sans nasceu. Entretanto, o norte-americano relatou que, de primeira, muitos não gostaram da fonte, inclusive seu chefe, Robert Norton. Apesar disso, ele lutou para sua fonte ser aceita, alegando que o diferencial da tipografia era sua estranheza.
O criador da fonte também relatou que lembra da primeira vez que viu a tipografia sendo usada fora dos computadores, no letreiro de uma loja chamada “Fun Stamps”. Foi nesse momento que o norte-americano percebeu que a fonte seria usada por qualquer pessoa do jeito que ela quisesse e esse sempre foi objetivo de Connare.