False Positive: o homem inocente que perdeu 23 anos na cadeia

Documentário conta a história de Robert Lee Stinson, um jovem americano de 20 anos que, por uma investigação científica inadequada, foi condenado à prisão injustamente

 

Por Carolina Faccin

 

“Em 1984, no estado de Winsconsin, nos EUA, um homem foi até a polícia para fazer um relato. Ele tinha visto uma senhora de 63 anos morta no chão de uma rua. No corpo dela só restava um sapato e algumas roupas que pareciam ter sido praticamente arrancadas. Mais tarde, foi confirmado que a mulher tinha sido espancada até morte, e possivelmente estuprada” […] “Naquelas circunstâncias, não era possível analisar digitais, DNA ou fotos da cena. Mas o assassino havia deixado: uma marca de mordida na vítima.”

 

Essa é uma pequena sinopse de um crime que aconteceu há 34 anos, porém foi descoberto pela equipe da Vox, que produziu um documentário de 30 minutos sobre o caso, divididos em 3 episódios.

 

A história, real e comovente, é sobre Robert Lee Stinson, um jovem americano de 20 anos que, por uma investigação “científica” inadequada, foi condenado à prisão pelo suposto crime. A mordida deixada na vítima foi analisada detalhadamente e a conclusão, segundo dois dentistas investigativos, foi que era “indiscutível, óbvio e transparente” que o culpado era Robert.

 

Não apenas eles; os raios-x e moldes foram enviados para dois detetives, que disseram que os documentos já eram “bons o suficiente” para confirmarem o assassino.

 

“A Odontologia criminal tem sido um ramo bem estabelecido por décadas, mas foi apenas em 1970 que deixaram de identificar algumas vítimas pela análise de seus dentes e passaram também a confirmar suspeitos baseado em marcas de mordida deixadas em um corpo”.

 

Dessa forma, Robert foi acusado e permaneceu preso na cadeia de Winsconsin de 1985 até 2009.

23 anos sem liberdade.

 

Só tem um detalhe, um pouco importante. Robert Lee Stinson era inocente. E isso só foi descoberto e comprovado em 2009. Só então ele foi solto.

 

O que aconteceu com ele é revoltante e qualquer pessoa que assiste fica indignada. Porém, acaba servindo para mostrar que a ciência dita ‘tão inquestionável’ às vezes comete erros e deve sempre ser questionada e aprimorada, para que casos como esse não aconteçam mais.

 

O documentário é de altíssima qualidade e extremamente cuidadoso com os detalhes, instigante de ver e com takes incríveis.

 

Quem quer entender mais sobre toda essa complexidade de estudos, saber quem foi o verdadeiro culpado, aprender sobre DNA, digitais e marcas de dentes e ver como Stinson reagiu ao sair da cadeia, esse documentário oferece uma imersão na investigação criminal em apenas 30 minutos.

 

E apesar de ser curto, nos ensina muito.

 

Confira o episódio 1:

 

 

Conteúdo originalmente publicado no Newronio, blog escrito pelos alunos do Arenas ESPM, agência experimental do curso de Publicidade e Propaganda da ESPM.

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