Fundadora da Agência Lupa bateu um papo sobre o assunto com a garotada do Linkados na Área
“Fact-checking é um convite à população a se politizar, ou a procurar dados”. A afirmação é de Cristina Tardáguila, fundadora da Agência Lupa e diretora adjunta da International Fact-Checking Network (IFCN). Ela bateu um papo com a galera do Linkados na Área, programa feito por alunos do curso de Jornalismo da ESPM, sobre o trabalho de checagem de fatos.
De acordo com a jornalista, o primeiro passo da verificação de fatos é identificar frases, vídeos, áudios ou fotografias que estão viralizando no debate público. Os checadores então contrastam esse material com bancos de dados públicos e consultam especialistas naquele assunto. Quando é possível identificar pessoas ou instituições envolvidas com o conteúdo que está sendo avaliado, os jornalistas também tentam ouvir o outro lado da história.
A especialista explica que ao final deste processo é fundamental que o checador dê ao leitor a possibilidade de também avaliar a autenticidade do material. “A grande novidade do fact-checking é justamente aí: permitir que qualquer indivíduo cheque o checador a partir dos recibos da checagem”, afirma Cristina. “Não existe fact-checking profissional sem metodologia, sem transparência de fontes, sem transparência de financiamento, sem uma política de correção pública de eventuais erros e sem uma busca diária do apartidarismo”.
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Confira a seguir a entrevista completa, em que a fundadora da Lupa também explica por qual motivo o uso do termo “fake news” não é adequado: