Primeira coisa a lembrar: nem mesmo com o melhor dos planejamentos temos 100% de garantia de que as coisas vão correr perfeitamente
Imagine um feriado prolongado (em tempos não pandêmicos, entenda-se…). Você planejou tudo muito bem para aproveitá-lo: escolheu para onde vai, quando vai, como vai, com quem vai, onde vai ficar, o que vai levar de roupas e comida, o que vai fazer quando chegar lá, quando vai voltar. Planejamento impecável, certo? Errado!!!
Explico: assim como nos “4P” do marketing clássico, essas decisões são o ambiente interno e aspectos controláveis do seu feriado (o mesmo ocorre nos negócios). Mas há, porém, um sem-número de variáveis que, por mais perfeito que seja o planejamento, podem dar errado.
Vejamos o que pode ocorrer com sua viagem. Você decide ir de carro para a praia e sair, digamos, na sexta-feira logo depois do almoço, para fugir do trânsito pesado. O que pode não funcionar? Um pneu furado, mais pessoas pensando o mesmo que você (sair mais cedo)…
Pense nos convidados: todos amigos queridos, com quem a se diverte a valer em baladas, saideiras etc. Uma coisa pode ser o contato “urbano” e homeopático. Mas um feriadão pode ser uma overdose, com alto potencial de azedar a amizade. Imagine chover os quatro dias – e vocês todos trancados numa casa ou apartamento, não tendo nada a fazer além de reparar uns nos outros, no copo que alguém deixou na pia, no que o outro comeu tudo e não avisou…
Bem, pouco importa: o negócio é entender que, na nossa cabeça, planejamos para que tudo seja perfeito. Mas a chance de algo, por menos que seja, impedir essa perfeição, azedando o prazer, pede uma postura madura: adicionar ao seu planejamento (de viagem, de carreira, do que quer que seja) cenários diversos: um otimista, um pessimista e um realista.
Planeje como um pessimista, considerando que vai chover os quatro dias (leve comida para isso, assim como jogos para passar o tempo, livros etc.). Torça como um otimista (não se deixe abater, mantenha o ânimo e, mesmo diante de dissabores, mantenha a sanidade). E, finalmente, aja como um realista: ok, estamos trancados aqui: como tornar a experiência menos exasperante? O que vou fazer se houver algum intervalo na chuva? Acho que vale a pena pensar num passeio sem as companhias, ir tomar um sorvete, caminhar… Por menor que seja esse intervalo, use-o como um posto de reabastecimento de sanidade.
Tudo, no fim do dia (e do feriadão) vai depender de como você escolher administrar suas frustrações.
