Sobre fazer o que se ama e amar o que se faz

Mais do que uma brincadeira com as palavras, quero mesmo falar sobre somo permitir descobrir novas paixões

 

 

Desde sempre, tinha o sonho de ser um “jornalista de cultura”, trabalhar no Caderno 2, do Estadão, na Ilustrada, da Folha ou em algum outro dos celebrados cadernos da imprensa nacional (e a lista é longa: Segundo Caderno, de O Globo ou o Caderno B, do JB). Como, apesar de um convite de um desses grandes veículos (que tive de recusar), nunca passei por nenhum desses lugares – e nunca tive o prazer de atuar na área –, pode parecer que tenha vivido em frustração. Nada mais enganoso!

Ao longo da carreira, surgiram muitas oportunidades que passaram longe do meu “tema preferido”. E eu nunca deixei passar nenhuma delas. Tudo porque aprendi, desde muito cedo, que uma “roupa na vitrine” ou “no cabide” pode até não ser atraente numa primeira olhada. Mas a gente nunca sabe se ela vai “cair bem” se a gente não pegar e… experimentar.

E foi assim, me permitindo “experimentar a roupa”, que acabei passando por temas tão distintos quanto esportes, life style, arquitetura, turismo, automóveis… E, sem trair meu amor pelos temas ligados à música, teatro, cinema e artes, descobri que podia ter outros amores.

Além do mergulho de aprendizado em temáticas desconhecidas (e nunca consideradas), aprendi muito mais sobre mim mesmo, em cada uma dessas experiências. A principal lição: existe espaço em mim para novas paixões. E mais: sou feliz por isso!

Hoje, quando converso com jovens colegas jornalistas (sim, meus alunos são meus colegas), faço questão de, longe de querer “comoditizar” minha experiência, sugerir a experimentação. Muitos deles entram no curso de Jornalismo pois querem trabalhar com moda, futebol, política, cultura… Peço apenas que abram seus corações para a possibilidade de novas paixões.

E muitos já colheram experiências tão gratificantes quanto as minhas: uma, apaixonada pelo universo fashion, descobriu que os bastidores do Congresso era exatamente o que precisava; outro, maluco pelo ludopédio, por ironia interna com a minha história, virou um “jornalista cultural”.

Assim como à mesa há muitos sabores, pode haver muitos amores que a gente descobre amar.

 

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