Confira uma seleção de obras que mostra o universo das agências e a rotina dos publicitários
Tudo bem que Mad Men e suas sete temporadas (2007-2015) focadas em Don Draper sejam a maior referência do audiovisual deste século quando o assunto é o (aos olhos do público) glamuroso mundo da publicidade e seus profissionais. Mas tem muita coisa boa retratando esse universo já produzida. E apresentamos aqui uma seleção das melhores séries e filmes sobre publicidade.
99 Francos (2007)
Um publicitário, cansado das práticas e do cotidiano da publicidade na sociedade de consumo, e de ver suas ideias sendo cruelmente recriadas por um cliente, tenta a todo custo ser demitido da agência para a qual trabalha – mas consegue apenas ser promovido, promovido e promovido… Uma crítica interessante neste filme francês.
Agência de Assassinos (1980)
O filme não foi exatamente um sucesso de bilheteria, mas vale a menção em nossa lista. Uma agência de publicidade é adquirida por um milionário excêntrico, que demite todo mundo para contratar profissionais, digamos, sem experiência no negócio. É o bastante para ligar o radar de dois ex-funcionários, que começam a investigar o que está acontecendo – até descobrir um esquema de criação e veiculação de propagandas subliminares para influenciar a opinião pública em favor de empresas e conseguir influenciar em eleições. E os assassinos do título? A descoberta coloca os dois na mira deles…
Amor por Contrato (2009)
Uma verdadeira “família de comercial de margarina” se muda para um subúrbio norte-americano exibindo o modo de vida, a casa e os produtos mais do que perfeitos. Mas isso não passava de uma estratégia (ilegal) de publicidade bastante inusitada: o casal e seus filhos são atores, contratados exatamente para atiçar o desejo de consumo de seus vizinhos invejosos e aumentar as vendas dos anunciantes de carros, móveis, equipamentos, roupas etc. Uma trama engenhosa para esta comédia dramática.
Como Fazer Carreira em Publicidade (1989)
O glamour da vida de um publicitário de sucesso na Inglaterra não é o suficiente para evitar que ele tenha um bloqueio criativo. É quando ele começa a se questionar sobre a profissão e seus valores, a ponto de querer se livrar 100% da publicidade – até aparecer uma espinha falante em seu pescoço, uma espécie de alter ego do que ele foi um dia.
Crazy People: Muito Doidos (1990)
Já imaginou uma campanha publicitária que dissesse a verdade (e os pontos negativos) dos produtos anunciados? E que fosse criada por um publicitário que teve uma “crise de honestidade” depois de sua mulher abandoná-lo? Isso é o suficiente para seus chefes o mandarem para uma clínica psiquiátrica. Esse é o mote desta comédia. A surpresa é que a iniciativa faz tanto sucesso que ele é chamado de volta ao escritório, mas se recusa e organiza uma agência com seus colegas pacientes para produzir mensagens publicitárias “100% honestas”.
Do que as Mulheres Gostam (2000)
Após tomar um choque na banheira de casa enquanto experimentava produtos femininos para se inspirar na criação de uma campanha para eles, um publicitário machista e claramente misógino começa a “ouvir” os pensamentos das mulheres. Ele aproveita esse “dom” para responder “do que as mulheres gostam”, brilhar e sabotar a nova chefe, que ocupa a cadeira que ele tanto almejava. O filme talvez precise de um “alerta de gatilho”, pois o comportamento do protagonista é absolutamente pouco politicamente correto.
Emily em Paris (2020 -)
Com a quarta temporada programada para o final de 2023, a série da Netflix virou uma das “queridinhas” dos profissionais de marketing e publicidade com a jovem norte-americana que segue para a capital francesa para integrar a equipe de uma agência local. E seu desempenho criativo, focado no marketing digital, é surpreendente e apresenta grandes resultados nas redes sociais.
Mad Men (2007 – 2015)
Definitivamente, a obra quase definitiva sobre o universo da publicidade. O público acompanha os bastidores da agência Sterling Cooper, na Madison Avenue (o endereço das grandes agências norte-americanas no início dos anos 1960). Tudo gira em torno da vida profissional, pessoal e familiar de Donald Draper e seus funcionários e clientes – para o bem e para o mal. Muita fumaça de cigarro, muito assédio de todos os tipos e preconceitos variados são o pano de fundo dos acontecimentos cotidianos.
Obrigado por Fumar (2005)
Os bastidores das estratégias (questionáveis) de publicidade e comunicação da indústria do tabaco para defender seu produto é o centro da trama deste filme. Fica evidente, a eficácia de algumas estratégias utilizadas nessa trajetória para diminuir junto à opinião pública a percepção dos riscos associados ao cigarro.
O Comerciante (2001)
Um representante alemão em nossa lista: enquanto procura emprego, Viktor Vogel (que está no título original do filme, Viktor Vogel, Commercial Man) entra sem querer em uma reunião de uma agência de publicidade. Um comentário feliz o transforma em obsessão de uma cliente que o quer trabalhando para sua marca. Para continuar dando palpites certeiros e impressionar a chefia e os clientes, usa as ideias de sua namorada.
O Grande Sucesso de Rock Hunter (1957)
Filme mais antigo de nossa lista, mostra o publicitário do título tentando convencer uma estrela de cinema a protagonizar um comercial criado por ele – e, assim, salvar sua carreira. Em um escambo de interesses, ele se passa por namorado da atriz. Detalhe: Jane Mansfield interpreta… Jane Mansfield (mas em versão caricatural de si mesma). Alguém que sabia rir de si mesma, não?
Trust Me (2009)
O fracasso de audiência desta série fez com que ela tivesse apenas uma temporada – mas basta ver as avaliações da crítica especializada na internet para ver que ela vale a pena. Ambientada na agência de publicidade norte-americana RGM, de Chicago, conta o desgaste da amizade de dois grandes amigos que formavam uma dupla de criação quando um deles e promovido.
Volta Meu Amor (1961)
Esta comédia romântica traz um dos casais mais memoráveis de Hollywood: Rock Hudson e Doris Day. Ele apresenta a história de dois publicitários de agências concorrentes: um que trapaceia para chegar ao sucesso e outra que joga pelas regras da ética – até que resolve agir para evitar que seu desleal rival continue roubando seus clientes.
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