Agências planejam adotar modelo de trabalho híbrido após a pandemia

Quando todos estiverem vacinados, 56,7% dos escritórios permitirão que os funcionários tenham rotina mista casa-escritório, afirma pesquisa da Ampro

 

No último ano, a casa de muitas pessoas se transformou em escritório e o que era temporário passou a ser uma nova maneira de trabalhar, pelo menos enquanto toda a população do Brasil não for vacinada. A Associação de Marketing Promocional (Ampro), cujos funcionários estão em sistema de home office desde 2020, aproveitou essa tendência para fazer uma pesquisa com 30 agências associadas à entidade, e a conclusão é de que a maioria vai adotar um modelo híbrido de trabalho quando a pandemia terminar.

 

Foram ouvidas empresas de trade marketing, incentivos, promoções e eventos, entre outras, e 56,7% vão aderir ao esquema casa-escritório tão logo todos os funcionários estejam vacinados. Nesse modelo, a ideia é fazer reuniões presenciais semanais ou quando houver necessidade. Em menor escala, 16,7% pretendem retomar a rotina antes da pandemia e a mesma porcentagem ainda não definiu como vai tocar o escritório. De todos os pesquisados, cerca de 10% vão continuar totalmente em home office.

 

A pesquisa também avaliou a produtividade das agências, e para 73% ela cresceu ou ficou no mesmo patamar, o que atesta que, no mínimo, o trabalho rende da mesma maneira se for realizado a partir de casa. Na análise dos aspectos positivos, as agências apontaram a melhoria da objetividade nas reuniões, aumento de foco e melhor aproveitamento do tempo. Outros benefícios foram o ganho em qualidade de vida dos colaboradores, a sua proximidade com a família e a economia de custos para as empresas.


Em contrapartida, como um dos principais aspectos negativos é a ausência de contato físico, citada por 60% das agências. Problemas como falta de privacidade, mau funcionamento de equipamentos e dificuldade de adequação à rotina também foram destacados. Preocupados com o bem-estar dos funcionários, 73,3% dos empregadores teve o cuidado de organizar workshops sobre saúde mental, ansiedade e produtividade e terapia para as equipes, além de dar apoio aos funcionários por meio do pessoal do RH.

 

“Acredito que essa é uma tendência irreversível. As empresas perderam o medo do trabalho à distância e perceberam que a produtividade não cai neste tipo de regime”, afirmou Alexis Pagliarini, presidente executivo da Ampro, em entrevista para o Meio & Mensagem. Ele destaca que o modelo híbrido abre espaço para a criação de vagas exclusivas para o trabalho remoto.

Isso faz sentido quando se leva encontra outro dado do estudo, que revela que 36,7% das agências mudaram para um endereço menor ou diminuíram a área de trabalho, enquanto o restante não fez nenhuma alteração em seu espaço físico. Outro fator comum a 73,3% delas foi a necessidade de reduzir o quadro de funcionários.

 

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