O novo álbum de Harry Styles e a obsessão dos artistas pelas lentes fisheye

Fine Line resgata o fenômeno das fotos feitas com lentes olho de peixe para capas de álbuns. Estilo fez sucesso entre astros do rock

 

Por Gabriela Fernandes

 

Em dezembro do ano passado, o cantor Harry Styles lançou o segundo álbum de sua carreira solo: o tão esperado Fine Line. A obra trouxe de volta uma estética da música dos anos 1960 e 70: as lentes fisheye.

 

Para entender melhor esse fenômeno, o canal do YouTube Vox fez um vídeo explicando o surgimento dessa lente. Ela foi criada pelo físico Robert Wood que queria uma imagem do nosso mundo como se fosse visto pelos olhos de um peixe. Quando está debaixo d’água, esse animal enxerga todo o horizonte, com uma perspectiva de 180º. E, com apenas um balde cheio de água, uma câmara estenopeica, vidro espelhado e muita luz, Wood conseguiu realizar seu desejo: uma foto que continha tudo que um ângulo de 180º podia capturar.

 

Em 1957, a Nikon lançou sua primeira câmera com a lente Fisheye. Apesar de ter sido criada para o uso científico, o equipamento despertou o interesse de jornalistas. Cinco anos depois, a marca lançou uma câmera com esse tipo de lente para o público geral. As Fisheyes se tornaram um fenômeno da cultura pop, com as pessoas fotografavam estádios de beisebol, manifestações na rua, convenções políticas e até o fundo do mar.

 

Porém, o maior foco dessa onda foram os astros do rock, que gostavam muito de serem capturados por essas lentes porque elas os faziam parecerem “deuses”. As fotos eram normalmente tiradas de um ângulo de baixo para cima e isso deixava os músicos maiores, aparentando um ar de “superioridade”, algo que eles pareciam gostar muito.

 

 

Quando a Beatlemania estourou no meio dos anos 1960, as Fisheyes foram usadas para documentar a grandiosidade que a banda conquistou, desde imagens dos shows até a conferências de imprensa. As fotografias refletiam a estética psicodélica da época, incluindo o festival de Woodstock que aconteceu em 1969.

 

Desde então, vários artistas lançaram álbuns em que a capa é uma simples foto da banda no formato circular com algo escrito em cima e embaixo da imagem central. Esse estilo ficou tão famoso que, até o final dos anos 1970, a maioria dos clipes foram gravados com uma lente Fisheye, que além de valorizar os artistas, capturava uma grande parte do local onde ocorria a filmagem.

 

Harry Styles agradou seus fãs lembrado o quão legal a perspectiva da lente Fisheye é. Talvez o Fine Line seja a faísca para esse fenômeno estourar novamente.

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