Descubra segredos da Lu do Magalu

Pedro Alvim, gerente sênior de conteúdo e redes sociais do Magazine Luiza revelou o que está por trás da primeira influenciadora virtual do Brasil em palestra no Social Media Week

 

“Não adianta ter só uma boneca virtual. É preciso ter coração e cérebro”. A afirmação é de Pedro Alvim, gerente sênior de conteúdo e redes sociais do Magazine Luiza. Ele revelou o que está por trás da Lu do Magalu, primeira influenciadora virtual do Brasil, em palestra no Social Media Week, evento de comunicação digital realizado na ESPM.

 

A personagem nasceu em 2003 para humanizar a experiência de compra no e-commerce do Magazine Luiza. “A experiência de compra era muito fria. As pessoas tinham medo de colocar o cartão no site. A Lu surgiu para humanizar essa experiência e levar o atendimento que tanto zelávamos para o nosso site”, afirmou Alvim. Na época, Lu se chamava Tia Luiza.

 

Em 2009, a personagem ganhou um novo nome “Lu” e assumiu as redes sociais da marca. Com seu carisma, conquistou fãs e se tornou uma influenciadora digital, que hoje é contratada até mesmo por outras marcas para fazer propaganda. Atualmente, a personagem já conta com mais de 14,5 milhões de seguidores nas redes.

 

“A influência virtual da Lu começou com a humanização da Lu. Por trás de cada imagem que é feita dela, tem uma história que constrói a história da própria personagem”, diz o gerente de conteúdo. “Ela, por exemplo, faz viagens internacionais, mas não aparece simplesmente em outro país, tira foto no aeroporto antes da viagem. Ela também faz a vitamina dela, toma um banho de piscina”.

 


Quando o Brasil foi eliminado da Copa do Mundo da Rússia em 2018, Lu emocionou seus seguidores ao publicar uma foto em que aparecia chorando. “Esse foi um dos momentos que ela mais se humanizou. Isso criou uma empatia emocional muito grande. Ao ponto de ter comentários, como ‘Neymar, olha o que você fez. Seu monstro’”, lembra Alvim.

 


Lu também já virou notícia em diversos portais de notícias, como em maio deste ano, quando a personagem disse no Twitter que não iria dar bom dia aos seus seguidores porque estava “passando raiva” e “quase falando um palavrão”. “Algumas pessoas ofereceram abraços, outras disseram que a entendiam. Várias marcas viram isso acontecer e também entraram nessa conversa”, conta Alvim. A personagem revelou mais tarde que estava passando raiva porque seu celular estava “uma bosta” e o Magazine Luiza lançou então uma promoção para troca de smartphones.

 


Só que Lu também já passou por momentos delicados. Em agosto de 2008, o Buzzfeed publicou uma matéria mostrando que a Lu estava sendo assediada. “Ela estava recebendo vários comentários, alguns bem pesados, como ‘Quero vê-la de biquíni e nua’, ‘Namora comigo’, ‘Oi, gostosa. Me passa o seu Whats’, lembra Avim. “Ela não poderia deixar de se manifestar sobre isso. Ela pediu respeito e reclamou do assédio”. De acordo com o especialista em mídias sociais, as marcas hoje precisam se posicionar em situações como essa. “Se manter morno, sem opinião, é um veneno para o seu próprio storytelling.”

 


Mas o que está por trás de todo esse sucesso e posicionamento firme da personagem? É algo que Alvim chama de “uma equipe de Lus”, várias pessoas que dão vida a personagem e criam suas postagens, vídeos e fotos. De acordo com o gerente de conteúdo, Lu também faz parte de uma estratégia de inclusão digital do Magazine Luiza. “Dar acesso não é incluir. Incluir é fazer a pessoa aprender a mexer com aquilo. É para isso que a Lu existe. Ela descomplica, simplifica e explica a tecnologia. Ela faz muito conteúdo que dá dicas para as pessoas, ensina as pessoas a usarem tecnologia”.

 

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