Entender o que a pandemia significou (e ainda significa) é algo obrigatório para todos – ainda mais para os jovens
Um ano e meio de pandemia tem pesos diferentes para cada pessoa. Para os mais velhos, é um tempo precioso diante do que ainda resta de vida. Para os que estão na fase adulta ou na meia idade, significou o desafio de descartas certezas construídas na vida e na carreira para se aventurar por lugares desconhecidos.
E para os jovens? Para quem tem hoje 18 anos, por exemplo, esse tempo significa ter vivido 8,33% da vida toda nesse período de medos, incertezas, isolamento e dificuldades. E isso sem descontar os primeiros sete anos, quando as memórias costumam não permitir a retenção consciente do que foi vivido em forma de lembranças completas. A conta fica ainda mais assustadora…
E isso em um momento em que se inicia o voo da individualidade, os primeiros passos na independência, a escolha de uma carreira e o início da vida universitária, certamente deixará algumas marcas e lacunas. Bem como as dificuldades, a desestabilização e vazios com a ausência de parentes e amigos que foram perdidos.
Não estou convidando ninguém a ficar “ruminando” ou remoendo esse tempo – que foi vivido e, espero, fique para trás o quanto antes. Mas é preciso decantar os aprendizados. Para poder se conhecer melhor, entender como reage sob pressão e dificuldades, para analisar as soluções e saídas que adotou…
Sem isso, certamente será um desperdício sem qualquer recompensa ter vivido tudo o que foi vivido. E, pelo que a História nos ensina, depois de momentos graves como esse, geralmente a Humanidade vive momentos de ebulição e efervescência, no qual as dificuldades se transformam em novas descobertas, conquistas, sonhos – e realizações.