Marcas para uma geração

Poderosos estão tomando as decisões. Mas é a geração nascida nos últimos 20 anos que definirá realmente como será o mundo pós-pandemia


Em tese, governos, empresas, universidades, entre outros atores sociais, estão cuidando de buscar, em pleno tsunami da pandemia, as respostas para questões imediatas como “teremos vacina?”, “como cuidar da economia?”, “como continuar a educação?” ou “como redesenhar o mundo do trabalho?”.


Porém, tudo isso ainda levará algum tempo – anos, lamento informar. São feridas muito profundas nas sociedades de todo o planeta. Mesmo que a vacina chegue no início ou em meados de 2021, a devastação e a desorganização causadas pelos eventos dos últimos seis meses deixarão cicatrizes profundas em forma de desigualdade e de retrocesso em conquistas anteriores. E, claro, ocuparão corações e mentes (e a força de trabalho) de quem está nas posições de comando. Nos governos, nas empresas, nas universidades…


Mas o mundo não vai parar, não é mesmo? Quem é que vai moldar o futuro de tudo que, para sempre, será diferente do que já foi? O cinema, por exemplo. Quem vai determinar se drive-ins, salas de cinema ou outras formas de exibição vão perdurar? Ou como se dará o consumo: será o império do delivery? Ou lojas físicas terão chance? A tal economia do compartilhamento vai ou não sobreviver ao que estamos vivendo? Lamento informar aos que têm mais de 30: serão os mais jovens que vão determinar…


A geração Z, nascida na antessala do século 21 para cá, a dos tais “nativos da internet”, é a que estará livre do trabalho de reconstrução – e cujo olhar vai estar mais adiante. E faz sentido: é a geração que está vendo a melhor fase da sua vida escorrer por entre os dedos por restrições.


Apenas a título de comparação: a geração que tinha entre 16 e 25 anos no início dos anos 1980 até seu final viu todas as conquistas da liberação sexual e do “amor livre” dos 1960 e 70 escorrerem pelos dedos com a chegada do HIV. E bem na vez deles de entrar na “festa”…


Por mais que tenham sido os “governantes” da vez que criaram os protocolos para salvar vidas, à custa de um quase celibato, foram esses jovens que moldaram os caminhos seguros para que a vida continuasse – sem cairmos em uma santa inquisição moralista. Basta ir a uma festa “trash 80’s” para entender qual foi o legado dessa geração – que moldou tudo o que vimos e vivemos nos anos 90.


Estou ansioso para ver o que essa geração vai preparar para os anos 20…

 

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