Eis a pergunta que assola 10 em 10 habitantes do planeta. E 11 deles não têm muitas respostas. Talvez a pergunta esteja mal formulada…
Tirando quem tem vocação para “Mãe Dinah”, sabe manejar o icônico DeLorean do De Volta para o Futuro ou possui uma bola de cristal em pleno funcionamento, ninguém mais consegue vislumbrar o futuro.
Fora os cientistas e desenvolvedores, que hoje capitaneiam as pesquisas e invenções que chegarão até nós em breve, quem tenta falha miseravelmente. Quer checar essa minha afirmação? Busque no Google as previsões feitas por “especialistas” há dois, quatro, dez anos. O que você vai achar? Palpites encantadores (e alguns assustadores) que, grosso modo, nunca deixaram de sê-lo.
Claro que, mesmo sem acertar na mosca, algumas vezes há algum cheiro de direção certa, algo que pode ter acertado o santo e errado o milagre – e vice-versa. Mas quando esses dilemas do futuro estão no entorno das nossas vidas, no campo pessoal, de para onde cada um de nós vai caminhar nas suas decisões, isso não é suficiente…
Aí chegamos aonde eu queria: se esperarmos as respostas do futuro que não controlamos, já estamos nos condenando a não realizá-lo. Não é o futuro que tem de responder o que devemos esperar dele: nós precisamos dizer o que esperamos dele. E isso cria um mapa com todas as possibilidades e caminhos para que ele se concretize.
Resumindo: se quero virar um plantador de arroz no Camboja em cinco anos, certamente nada vai acontecer se eu ficar apenas esperando passar esses cinco anos. O dia vai chegar e eu, se não tiver aprendido khmer (a língua local) e nem a plantar arroz, eu mesmo terei sabotado meu futuro.
Portanto, desincumba-se desse tormento de “o que esperar do futuro?” e planeje “o que quer do futuro”. Eis uma boa diferença entre tomar seu destino nas mãos e viver ao sabor dos ventos – que podem te levar a ficar esquecido como poeira num canto da sala…