Com aulas, reuniões e trabalho remoto, a pandemia aumentou ainda mais nosso tempo plugado – e, com ele, também os riscos de sofrermos com alguma doença causada por excessos…
Claro que, durante a pandemia, com todo mundo em distanciamento (ao menos quem podia estudar ou trabalhar em casa ou se isolar), era natural que o nosso consumo de tecnologia e o “tempo de tela” aumentassem. Mas será que estamos apenas plugados por necessidade? E será que há riscos para a saúde?
Foi isso que o Digital Global Overview Report, relatório anual publicado pela Hootsuite em parceria com o We Are Social, apontou. A humanidade aumentou em 4% seu tempo online, chegando a 6 horas e 58 minutos – enquanto nós, os brasileiros, batemos na média de 10 horas e 8 minutos.
Como chegamos até essa marca? Que tal responder a algumas perguntas:
– quanto tempo leva até olhar seu smartphone e checar as redes depois de acordar?
– quantas vezes ao dia você checa suas redes sociais?
– quanto do seu tempo livre você gasta plugado em algum device, rede social, algum streaming ou apenas navegando?
– seu smartphone é a última coisa que você vê antes de se deitar?
Pois bem: é grande a chance de até mesmo você se assustar com o resultado…
O maior problema é que já foram listadas algumas doenças relacionadas ou originadas desses novos hábitos e do excesso de tempo de tela. O mais básico são os problemas de postura que prejudicam a coluna ou os distúrbios do sono (sim, a luz da tela de seu computador ou smartphone deixa você mais alerta, reduzindo a produção de melatonina e, por isso, dificultando a chegada do sono). E vai passar pelas alterações na visão: como só utilizamos nossa visão “próxima”, com a falta do exercício de enxergar coisas distantes pode gerar miopia.
Mas dá para ir ainda mais longe: sabe o que significa nomofobia? Trata-se de abreviatura de “no-mobile”, um tipo de ansiedade causada pelo medo excessivo de ficar sem acesso à tecnologia (principalmente seu smartphone). E sabe dizer o que é “efeito Google”? Simples: é como se você “terceirizasse” sua memória. Funciona assim: em vez de forçar sua memória para lembrar o nome de alguém, um fato, uma data ou qualquer outra informação, vou direto ao Google. Isso diminui a capacidade de nosso cérebro de reter informações…
Aí, deixo a você uma pergunta – que precisa ser respondida com honestidade: você controla a tecnologia ou ela te controla?
