3 decisões equivocadas no mundo da tecnologia

Criticar ao estilo “engenheiro de obra pronta” não é justo com quem, sem as informações que temos, tomou resoluções que acabaram se tornando erros que entraram para a história

 

A decisão de comprar ou não um concorrente, de lançar ou não um produto ou de investir ou não numa empresa nascente. Depois que o tempo prova que a decisão era equivocada, fica fácil criticar. Talvez, quando os fatos transcorreram, aquela fosse a decisão mais acertada. É o famoso “e se” – e fica a pergunta: “quem nunca? ”… Pensando nisso, reunimos algumas dessas histórias neste “você sabia?”.   

 

Blockbuster não quis comprar a Netflix

Os primórdios da Netflix, a gigante do streaming, responsável por revolucionar a indústria do audiovisual e sua distribuição, mostram um negócio bem diferente: uma startup de locação de DVDs pela internet que, ao contrário das locadoras de então, como a gigante Blockbuster e suas milhares de lojas espalhadas pelo mundo, enviava os filmes escolhidos online pelos clientes pelos correios –com um envelope já selado para que só fosse preciso colocar o que foi alugado lá dentro e jogar numa caixa dos correios.


Apesar desse bom diferencial, os negócios não andavam bem pelos lados da Netflix – e seus fundadores Marc Randolph e Reed Hastings conseguiram (depois de muitas e muitas tentativas) uma reunião com o CEO da Blockbuster, John Antioco. O assunto: a eventual venda da empresa.

Antioco deixou bem claro no encontro, não sem um pingo de arrogância, que não acreditava no poder da internet (lembre-se: o mundo vivia o estouro da bolha da internet) – e não via vantagem alguma para a Blockbuster uma eventual parceria ou a compra da Netflix, oferecida, então, por US$ 50 milhões.

A Blockbuster virou história – e a Netflix está escrevendo história até hoje, com valor de mercado de US$ 225,4 bilhões…

 

Quanto você pagaria para ser dono do Google?

Ele poderia ser seu por apenas US$ 1 milhão!!! Isso em 1999… Sem vislumbrar que, 22 anos depois, o valor de mercado da empresa em 2021 chegaria a US$ 457,99 bilhões, executivos da Excite disseram “não” para essa oferta. A empresa, que tinha o segundo maior buscador da época, atrás somente do Altavista, talvez não achasse que o “neófito” Google, ainda um projeto acadêmico de Larry Page e Sergey Brin,  pudesse ser determinante nesse mercado (onde também havia marcas poderosas como Lycos, por exemplo). Mas os desenvolvedores do poderoso algoritmo PageRank bateram à porta do grande player de então para uma eventual compra – chegando a baixar o valor para US$ 750 mil!!! 

 

Não, obrigado: não queremos o sistema Android…

Em 2005, quando o iPhone ainda não havia sido lançado, a Samsung simplesmente deixou escapar a oportunidade de ser dona do Android! O sistema criado pelo engenheiro, desenvolvedor e programador americano Andy Rubin estava sendo trabalhado para ser um sistema operacional de câmeras digitais – mas o criador resolveu mudar de direção e utilizá-lo em celulares. Daí o caminho natural seria procurar uma gigante do setor. Depois de ter tido privilégio (e a oportunidade) de tomar contato com a tecnologia antes de qualquer outra empresa, os executivos coreanos responderam (não sem um traço de arrogância): “Vocês e qual exército vão criar isso? Vocês têm meia dúzia de pessoas. Estão loucos?”. Não, eles não estavam loucos, como comprovam os US$ 50 milhões pagos pelo Google pouco depois, levando os oito integrantes da equipe de Rubin para trabalhar na empresa e realizar seu projeto.

 

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