Eliane Scardovelli, de Escola Base, e Ricardo Calil, de Narciso em Férias, debateram o formato no Congresso Internacional de Jornalismo Investigativo da Abraji
O documentário é um formato do cinema que o jornalismo adotou para poder contar histórias reais e com mais tempo de duração. As particularidades desse tipo de produto foram debatidas durante o Congresso Internacional de Jornalismo Investigativo da Abraji, realizado na ESPM São Paulo.
Eliane Scardovelli, diretora roteirista e repórter da Globo e do Globoplay, e Ricardo Calil, documentarista diretor de Narciso em Férias, falaram sobre assunto no painel Por que fazer documentário para streaming.
A repórter, que dirigiu Escola Base – Um Repórter Enfrenta o Passado, afirmou que sempre quis se aprofundar nas histórias, mas que não existia minutagem na TV para isso. “É muito bom dar oportunidade de contar as histórias sem cronometrar o seu tempo. A gente sente que as histórias merecem um palco maior”, disse a diretora roteirista.
Elaine explicou que seu processo de edição não segue um roteiro escrito, mas que é baseado em sequências de imagens já gravadas. “Parece meio óbvio, mas para fazer um documentário, você precisa necessariamente das cenas e saber transformar aquela história em imagem”, disse a repórter da Globo.
Já Ricardo Calil ressaltou as possibilidades que o formato abre para narrar fatos. “Com o documentário achamos outras maneiras de contar uma história. E assim podemos experimentar coisas novas e fazer algo diferente do que o dia a dia no jornalismo nos permite”, explicou Calil.
O sucesso desse formato nas plataformas de streaming surpreendeu o documentarista. “Me surpreendi com a sofisticação dos telespectadores de documentário. Vejo que quando as pessoas assistem a uma história real, elas se identificam e passam a acompanhar.”
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