Durante Congresso da Abraji, jornalistas falam sobre como produzir conteúdos de impacto e por que esse trabalho é importante para a sociedade
Como produzir conteúdos jornalísticos que causem impacto na sociedade foi um tema debatido em uma das palestras do 19º Congresso da Abraji, realizado na ESPM São Paulo. O painel contou com a participação de Marina Carvalho Dias, diretora na Agência Pública, Maurício Angelo, fundador e diretor executivo do Observatório da Mineração, e Carolina Oms, co-diretora e fundadora da Revista AzMina.
De acordo com os especialistas, o impacto segue a lógica da terceira lei de Newton, ou seja, de que toda ação tem uma reação. “No mundo em que a gente está hoje, você tem gente que evita notícias, perde a confiança nas notícias. [Por isso], o impacto é cada vez mais fundamental, a gente tem que saber mostrar para as pessoas o que o jornalismo faz e o que o jornalismo causa no mundo”, afirma Marina.
Para promover essa repercussão, a dica é investir em nichos específicos e explorar novas perspectivas. “O essencial, para mim, apesar de parecer um pouco óbvio, é fazer bom jornalismo de forma consistente”, diz Maurício. “É você olhar para pautas que ninguém está olhando, você conseguir se aprofundar”, explica. “A gente vai muito além do que dá clique, do que é exclusivo e do que seria esse tal de desejo da audiência”, completa Carolina.
Por outro lado, os palestrantes também chamam a atenção para o fato de que, ao contrário do que acontece em outros segmentos, no caso do jornalismo, o monitoramento desse impacto é difuso e, por isso, as estratégias devem ser construídas após a divulgação. “A gente tem uma estratégia de impacto que vai vir depois da matéria ser publicada, como a gente vai distribuir a reportagem de modo que ela chegue nas pessoas que podem fazer algo com isso”, finaliza Marina.
LEIA TAMBÉM:
Entenda como as big techs podem influenciar o trabalho jornalístico