Linha do tempo da história da arte

Desde a Idade da Pedra, os movimentos artísticos são a plataforma para a expressão dos sentimentos e das inquietações humanas  
 

Foi lá, nas priscas eras da humanidade, que o homo sapiens começou a se manifestar artisticamente. Nas paredes das cavernas, retratava animais e caçadas, e quando dominou o uso da pedra passou a fazer esculturas, adornos e pontas de lança. O aperfeiçoamento levou à produção de obras artísticas, seja na pintura, na escultura, na fotografia ou na arquitetura, que se tornaram ícones de eras determinadas. Quem nunca ouviu falar na Monalisa, no Panteão Grego ou na tela Abaporu, de Tarsila do Amaral?

 

Inesgotável, a arte se refaz a cada momento, a cada estado de humor do artista. É mutação constante, mas tem uma linha do tempo que começa no período paleolítico e que reproduzimos aqui, citando os principais movimentos artísticos da história da arte. 

 

 

40.000 a.C – Arte Rupestre 

Cavernas de Lascaux
Cavernas de Lascaux Foto: Shutterstock

Credita-se à Idade da Pedra, o período em que surgiram as primeiras expressões artísticas (entre 40.000 e 8.000 a.C.). Os humanos moravam em cavernas e produziam pontas de lança, entalhes e esculturas com pedras. Também desenhavam nas paredes das cavernas usando corantes naturais fabricados a partir de terra e carvão. 

 

 

3.000 a.C – Arte Egípcia  

Tumba de Tutancâmon
Tumba de Tutancâmon Foto: Shutterstock

Os artistas egípcios ornamentavam túmulos com esculturas, desenhos e pinturas em baixo relevo com tintas coloridas. Nessa época, a arte era mais dedicada à espiritualidade e à vida após a morte, uma vez que as imagens mostravam o caminho que as almas deveriam seguir para chegarem ao outro mundo. 

 

 

Século VIII a.C  – Arte Romana  

Arco de Constantino
Arco de Constantino Foto: Shutterstock

Os etruscos e os gregos influenciaram a arte romana, surgida por volta de VIII a.C., que cunhou um estilo próprio de retratar com realismo as feições humanas em esculturas e pinturas. A arquitetura, uma das maiores expressões artísticas da Roma Antiga, explorava a riqueza de detalhes. 

 

Século IV a.C – Arte Grega  

Panteão de Atenas
Panteão de Atenas Foto: Shutterstock

Diferentemente dos egípcios, que não se preocupavam com as proporções físicas, os gregos reproduziam com perfeição seres humanos e animais em esculturas. Também pintavam utensílios como pratos e ânforas e foram mestres na arquitetura de templos. Entre os séculos IV e I a.C., no período helenístico, foram produzidas algumas das mais conhecidas obras de arte grega. 

 

Ano 476 – Arte Medieval 

Igreja Notre-Dame la Grande de Poitiers
Igreja Notre-Dame la Grande de Poitiers Foto: Shutterstock

Na Idade Média (476 a 1453), a arte era um recurso para difundir o Cristianismo e estava presente nas iluminuras dos textos, nos afrescos, nos painéis e nos vitrais de igrejas e catedrais. Essas, aliás, até hoje são os maiores exemplos de expressão da arte medieval, que teve dois movimentos expressivos: as artes românica e gótica. 

 

Século XV – Arte Renascentista 

O Nascimento de Vênus, de Sandro Botticelli
O Nascimento de Vênus, de Sandro Botticelli Foto: Shutterstock

Após as trevas da Idade Média surge o Renascimento. Foi um período em que as expressões artísticas em pinturas, esculturas e arte decorativa exaltavam a natureza, o homem e a própria luz, resgatando a antiguidade clássica da arte greco-romana. 

 

Século XVI – Barroco 

Baco, de Caravaggio
Baco, de Caravaggio Foto: Wikimedia Commons

Esse estilo artístico que ocorreu entre os séculos XVI e XVII teve como principais características os temas religiosos, a riqueza dos detalhes e nas expressões das figuras humanas, as curvas, os contornos e o uso da luz e da sombra como recurso para destacar os personagens das obras. 

 

 

Século XVIII – Rococó 

Teto da entrada do Palácio de Wurzburg
Teto da entrada do Palácio de Wurzburg Foto: Shutterstock

Surgido na França início do século XVIII, esse estilo expressava alegria e elegância por meio de elementos arquitetônicos decorativos, de esculturas e pinturas e da arquitetura muito particular. Apresentava leveza, formas naturais, cores sutis e design assimétrico. 

 

 

1770 – Romantismo 

Navio Negreiro, de William Turner
Navio Negreiro, de William Turner Foto: Wikimedia Commons

Sentimentalismo e individualismo são algumas das mais importantes características desse movimento surgido no século XVIII durante a Revolução Industrial na Europa. Artistas de todas as áreas destacavam sua individualidade em suas obras, abrindo espaço para trabalhos contrários às convenções estéticas da época. 

 

 

1789 – Neoclassicismo 

Arquivo Nacional, Rio de Janeiro
Arquivo Nacional, Rio de Janeiro Foto: Shutterstock

A Revolução Francesa impactou as artes de maneira geral, incluindo a literatura, e fez surgir o Neoclassicismo. Baseado nos ideais clássicos e no realismo, era o oposto dos exageros e dos rebuscamentos do Barroco e do Rococó. 

 

 

1840 – Realismo 

O Pensador, de Auguste Rodin
O Pensador, de Auguste Rodin Foto: Shutterstock

Surgiu na França um movimento que buscava retratar a realidade dos fatos e da vida, influenciando várias expressões artísticas e de pensamento, incluindo o jornalismo. Uma das grandes características do Realismo foi a denúncia das desigualdades sociais. 

 

 

1871 – Impressionismo 

Almoço na Relva, de Édouard Monet
Almoço na Relva, de Édouard Monet Foto: Wikimedia Commons

Capturar as impressões do momento foi o mote dessa corrente artística surgida no período conhecido por Belle Époque (1871-1914). Sua maior expressividade aconteceu no campo da pintura, marcada por telas com pinceladas rápidas, detalhamento da natureza, especialmente a incidência da luz, e o uso de cores que expressavam ao máximo a realidade. 

 

 

1890 – Art Noveau 

Casa Battlò, de Antoni Gaudí
Casa Battlò, de Antoni Gaudí Foto: Shutterstock

Valorização das formas orgânicas, das linhas sinuosas e assimétricas foram a base da Art Noveau, surgida na França no final do século XIX. Madeira, vidro e metal eram os principais materiais usados pelos artistas da época, que também criaram peças de mobiliário e obras arquitetônicas icônicas. 

 

 

1905 – Fauvismo 

A Siesta, de Paul Gauguin
A Siesta, de Paul Gauguin Foto: Shutterstock

Entre 1905 e 1907, o Fauvismo, também conhecido por fovismo, foi um movimento artístico de vanguarda. Cores fortes e em tons puros, formas simplificadas e sem compromisso com a estética realista e influência da arte primitivista são algumas das caraterísticas dos artistas fauvistas. 

 

 

1905 – Expressionismo 

O Grito, de Edvard Munch
O Grito, de Edvard Munch Foto: Wikimedia Commons

O Expressionismo surgiu em 1905 na Alemanha. Sua proposta era valorizar a emoção e os sentimentos dos artistas que expressavam suas dores e inquietações com vigorosas pinceladas que deixavam grossas camadas de tinta nas telas. 

 

 

1907 – Cubismo 

Guernica Pablo Picasso
Guernica Pablo Picasso Foto: Shutterstock

Em 1907, o espanhol Pablo Picasso pintou o quadro As Damas de Avignon. Totalmente desconstruídas e com corpos de linhas retas, as mulheres do quadro anunciavam uma mudança na arte e introduziram o Cubismo ao mundo. O rompimento com as formas originais e o uso de materiais como papel de jornal e madeira eram as outras marcas dessa corrente artística. 

 

1909 – Futurismo  

Dinamismo de Um Cão na Coleira, de Giacomo Balla
Dinamismo de Um Cão na Coleira, de Giacomo Balla Foto: Giacomo Balla, CC BY-SA 4.0, via Wikimedia Commons

A valorização da tecnologia e da velocidade foram as bases do Futurismo, movimento nascido no início do século XX, que trazia influências do cubismo e da arte abstrata. As obras mesclavam formas geométricas e cores fortes, dando impulso a várias criações, inclusive na publicidade e na tipografia. 

 

1916 – Dadaísmo  

Fonte, de Marcel Duchamp
Fonte, de Marcel Duchamp Foto: Wikimedia Commons

“A destruição também é criação”. Esse era o lema do Dadaísmo, movimento artístico surgido na Suíça logo após a Primeira Guerra Mundial. A proposta era discutir a arte convencional e o racionalismo e questionar o valor e o objetivo da arte, antecipando o que viria a ser o Surrealismo. 

 

 

1924 – Surrealismo 

Abaporu, de Tarsila do Amaral,
Abaporu, de Tarsila do Amaral Foto: Cesar Cardoso, CC BY 2.0, via Wikimedia Commons

Em 1924, o escritor francês André Breton apresentou o Manifesto Surrealista, introduzindo uma nova maneira de ver a arte a partir da representação do subconsciente e do irracional. O resultado foram obras que buscavam expressar a mente sem filtros ou qualquer tipo de controle. 

 

 

Segunda metade do Século XX – Arte Contemporânea 

Os movimentos artísticos surgidos na segunda metade do século XX até os dias atuais são denominados de arte contemporânea. Dependendo da época, surgem estilos e propostas artísticas distintas como a Pop Art, o Minimalismo e a Arte Conceitual.  

 

1950 – Pop Art

Latas de Sopa Campbell, de Andy Warhol
Latas de Sopa Campbell, de Andy Warhol Foto: Shutterstock

Temas cotidianos e objetos relacionados à vida comum foram a matéria-prima de criação de alguns artistas nos anos 50, originando uma das correntes artísticas mais conhecidas do século XX: a Pop Art. Cores primárias e vibrantes, fotografias, esculturas, serigrafias e linguagem de histórias em quadrinhos foram exploradas pelos artistas que criaram a cultura popular. 

 

 

1960 – Minimalismo 

Obra de Donald Judd
Obra de Donald Judd Foto: © 2019 Judd Foundation/Artists Rights Society (ARS), New York. Photo: John Wronn, CC BY-SA 4.0, via Wikimedia Commons

O Minimalismo surgiu nos Estados Unidos no final dos anos 60, trazendo como proposta a simplicidade, a harmonia, a pureza e a ordem. Assim, as obras de arte retratam os objetos de maneira bi ou tridimensional a fim de que eles fossem vistos como são e não apenas de um único ângulo. 

 

 

1960 – Arte Conceitual 

Babel, de Cildo Meireles
Babel, de Cildo Meireles Foto: Shutterstock

Em vez da estética e da aparência, a arte conceitual se baseia na tradução e na expressão de ideias, conceitos e reflexões acerca do tema escolhido pelo artista. Instalações e performances também fazem parte desse movimento surgido no fim dos anos 60. 

 

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