O jornalismo científico não deve dar voz para malucos, diz especialista da área

Jornalistas científicos bateram um papo com a galera do Linkados na Área sobre os desafios da cobertura da pandemia

 

Talvez o jornalismo científico nunca tenha sido tão necessário como agora. Afinal, em meio a tantas notícias sobre o coronavírus, o melhor tipo de máscara, vacinas e, principalmente, o combate às notícias enviesadas sobre tratamentos preventivos, a sociedade precisa contar com fontes confiáveis para sanar dúvidas e ficar bem informada sobre a pandemia.

 

Para explicar o que é e qual é o valor dessa especialização, o pessoal do Linkados na Área, programa de entrevistas feito por alunos do curso de Jornalismo da ESPM, ouviu os jornalistas científicos Simone Pallone de Figueiredo, também professora de Mestrado da Unicamp, e Reinaldo Lopes, autor de três livros, entre eles Darwin Sem Frescura, finalista do prêmio Jabuti 2020 na categoria Ciências.

 

“O jornalismo científico colabora com a cultura científica da sociedade e carrega todos os elementos do jornalismo, então tem que ter um contexto, tem que ter um debate”, diz Simone. Como resultado, auxilia no esclarecimento das pessoas, levando informação de forma contextualizada, que traga opiniões diferentes, que promovam reflexões e que deem pesos distintos para as ideias respaldadas na ciência.

 

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Para Reinaldo Lopes, atualmente um dos grandes desafios da cobertura de notícias sobre a pandemia são as fake news e, apesar de haver agências de checagem, ele considera que isso é como enxugar gelo. “A gente precisa de regulação das redes sociais, pesada em nível global”, frisa. Lopes também destaca que nesse momento, com tantas inverdades circulando, os jornalistas especializados deveriam focar na ciência. “Temos o hábito de ouvir sempre os dois lados e isso funciona com alguns temas, mas para temas científicos muitas vezes não existem os dois lados. O outro lado é maluco e você não deve dar voz para maluco. Infelizmente ainda existe jornalismo (científico) feito nesses termos e eu acho muito complicado.”

 

Assista a entrevista completa com Reinaldo Lopes e Simone Pallone de Figueiredo:

 

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