Coordenador da graduação em Direito da ESPM aponta as habilidades e conhecimentos que podem ser adquiridos no curso
Quem escolhe essa carreira clássica tem uma infinidade de oportunidades profissionais que vão além de advogar. O mercado para os estudantes de Direito é muito amplo, está sempre se expandindo buscando profissionais cada vez mais especializados — tanto no setor público quanto no privado e na academia. Além disso, o Direito exige atualização constante, especialmente para atender às novas demandas da sociedade, entre elas as relacionadas ao mundo digital e às questões ambientais, só para citar algumas. Mas o que se estuda na faculdade de Direito? É o que você descobre neste conteúdo.
“Além das disciplinas tradicionais, o advogado do futuro precisa ter uma visão de negócios, com conhecimentos de economia e de marketing estratégico”, explica o professor Marcelo Crespo, coordenador do curso de Direito da ESPM. “E, cada vez mais, uma formação específica para acompanhar as demandas que a tecnologia traz, como o direito digital, a inovação, a proteção de dados, a propriedade intelectual, que são atualmente os grandes diferenciais desse mercado.”
Conheça a seguir 7 aprendizados básicos adquiridos com essa graduação:
1.Como funciona o sistema de Justiça no Brasil
Estuda os principais diplomas que regem a vida em nossa sociedade, entre eles os códigos civil, penal, processual, tributário, a Constituição e a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). Conhecer a legislação ajuda não só na área do Direito, mas a familiaridade com o tema facilita também a compreensão em demais processos específicos (urbanísticos, ambientais etc.).
2. Utilizar os conhecimentos jurídicos para atuar em outras áreas
Se o aluno não quiser trabalhar como advogado (que necessita ser aprovado no exame da OAB) ele pode utilizar a sua formação para ajudar a direcionar negócios. Isso porque possui ferramentas e mais facilidade para ajudar as empresas a cumprirem as leis, exercendo diferentes cargos relacionados às áreas, por exemplo, de governança e de compliance.
3. Analisar e entender processos, independentemente de advogar
Mesmo que não pretenda atuar na parte contenciosa ou consultiva, o profissional aprende como funcionam as etapas processuais, não importa o nicho (civil, criminal, tributário etc.).
4. Como as leis impactam os negócios
Apresentar caminhos para resolver e/ou se antecipar às novas diretrizes e mudanças que ocorrem diariamente em seu segmento, enxergando com mais clareza os desafios do futuro e lidando melhor com eles — por exemplo: como as diferentes opções tributárias afetam a corporação no mercado externo?
5. Contato e entendimento sobre as inúmeras especializações oferecidas pela carreira
Hoje os advogados não trabalham de forma mais generalista, especialmente no mundo corporativo e em escritórios. Ao optar pelo mundo dos negócios (não o setor público), é também preciso desenvolver conhecimentos específicos do segmento no qual está inserido. Com a formação em Direito, o profissional tem melhor entendimento de como e onde pesam as questões jurídicas relacionadas a esse contexto.
6. Decidir entre o setor público ou privado
Ambos possuem exigências bem distintas: enquanto no primeiro é esperado um conhecimento profundo das leis, com foco em concursos, no segundo os profissionais precisam desenvolver outras habilidades, mais estratégicas, inclusive de relacionamento para negociar em ambientes corporativos e em diferentes mercados.
7. Desenvolver soft skills
Habilidades socioemocionais, por meio de ferramentas de autoaprendizagem, lógica e raciocínio, entre outras, que trarão melhor suporte para apresentação de ideias e projetos, para o desenvolvimento de estratégias e para o bom relacionamento com todas as partes envolvidas, seja em processos ou em negociações.
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