Conheça o museu dos memes e outros acervos curiosos que você pode visitar

Fenômeno da cultura contemporânea, os memes ganharam até um museu, em 2017, criado na Universidade Federal Fluminense  

 

“Meme já é peça de museu???”  Se depender do #MUSEUdeMEMES, a resposta é sim. Mas cabe uma análise rápida desse fenômeno. Os memes nasceram basicamente para refletir/reverberar/criticar/satirizar fatos do cotidiano ou o momento social em que foram criados. Mas também são efêmeros em sua natureza, como a arte de rua que as intempéries apagam.

 

Muitos memes, contudo, ganham vida própria e praticamente se eternizam no imaginário das pessoas e até voltam ao estrelato com força em determinados momentos.

 

O meme como fenômeno entrou no radar do Laboratório de Pesquisa em Comunicação, Culturas Políticas e Economia da Colaboração (coLAB), da Universidade Federal Fluminense – grupo que enxergou as muitas camadas de significado dos memes para além de mera “cultura inútil”. E assim, os estudiosos do coLAB resolveram criara o Museu de Memes.

 

Assim, em vez de dedicar um museu à arte dita erudita, como costuma ser a maioria desses espaços, escolheram transformar sua iniciativa em “ferramenta a serviço da cultura popular, notadamente, da cultura popular”. Ou seja: abriga peças que eles entendem precisar de preservação como qualquer outra manifestação artística.

 

O acervo do museu é bastante diversificado, colecionando memes significativos brasileiros ou outros que, de alguma forma, circulam pelo mundo até chegar ao país. Mas não é apenas um “museu divertido” (apesar de ser mesmo): ele é a ponta mais visível de um projeto contínuo de pesquisa, extensão e inovação que reúne e organiza pesquisas e referências bibliográficas. E mais do que realizar exposições virtuais, o Museu de Memes também as realiza no formato físico/presencial.

 

Além de oferecer uma galeria de memes, na qual o visitante do #MUSEUdeMEMES pode navegar pela coleção por temas ou ver os catálogos das exposições temáticas, o museu ainda reúne ensaios, entrevistas e toda a produção científica do coLAB – artigos, banco de referências e livros de códigos para auxiliar pesquisadores.

 

Para muito além da mera “gracinha”, os memes são vistos (e mostrados) pelo museu como ferramenta de debate público e ativismo político, como recurso de suporte às batalhas identitárias e como um modo de criticar (ou defender) uma posição – muitas vezes colando firme nas fake news, por serem uma “arte apócrifa”.

 

Vale a visita virtual!

 

Conheça outros museus curiosos espalhados pelo mundo 

Temáticas diversas com instalações inusitadas fazem desses museus boas pedidas para uma visita

 

Acervo de morte
Museus funerários são mais comuns do que podemos imaginar. Aqui no Brasil, temos o Memorial Funerário Mathias Haas, que foi criado em 2017 pela família Hass, fundadora da Funerária Hass em Blumenau (Santa Catarina), mostrando desde a arte tumular à exibição de ritos fúnebres. Conheça outros museus semelhantes pelo mundo:

 

  • Catacumbas de Paris (França)
  • Museu da Cultura Funerária Mundial (Novosibirsk – Rússia)
  • Museu Funerário de Viena (Áustria)
  • Museu Nacional da História Funeral (Huston – EUA)
  • Museu Nacional da Morte (México)
  • Sutton Hoo (Inglaterra – que foi tema do filme “A Escavação”, da Netflix)

 

O sexo vai ao museu
Existem vários deles pelo mundo – sendo o mais conhecido o Museum of Sex, de Nova York. Mas o Brasil também tem seu representante: o Sex Museum, localizado em Gramado (RS), o oitavo do mundo dedicado a essa temática. O que você verá num museu desses? Calma: não há nada de “indecente” por lá: para contar a história do sexo do paleolítico até os dias de hoje, seus acervos reúnem peças de arte e artefatos que ajudam a contar um pouco da trajetória do sexo através da história humana. Estamos falando tanto de “brinquedinhos”, como vibradores movidos a vapor, objetos de repressão, como cintos de castidade, e outros curiosos, como cadeiras eróticas ou dedicados ao sadomasoquismo, utilizados ao longo dos séculos – sempre acompanhados de informações didáticas sobre o tema. No museu dos Estados Unidos, a maior atração é o pula-pula gigante em formato de seios.

 

Mergulho na arte 
Imagine ter de se preparar com tambores de oxigênio e roupa de mergulho para poder visitar uma exposição. Pois isso é mais comum do que imaginamos e você nem precisa sair do Brasil para viver uma experiência assim. O representante brazuca fica em Brotas (SP): o Museu Subaquático. Seu propósito é o de integrar arte e natureza, atuando como forma de chamar a atenção para as questões ambientais – assim como alguns de seus pares do exterior que estão na lista abaixo:

 

  • Museu Atlântico Lanzarote, na Baía de Las Coloradas, nas Ilhas Canárias
  • Museu de Arte Subaquática de Townsville, Austrália
  • Museu de Arte Subaquática de Walton (Flórida – EUA)
  • Museu de Escultura Subaquática Ayia Napa (Chipre)
  • Museu Subaquático de Arte (MUSA), em Cancún (México)
  • Museu Subaquático de Cannes (França)
  • Museu Subaquático de Cape Tarhankut (Crimeia, Rússia)
  • Palácio Submerso de Cleópatra, (Alexandria – Egito)
  • Parque de Esculturas Subaquáticas de Granada (Espanha)

 

Muito mais do que 007
Washington (EUA) abriga o Museu Internacional de Espionagem, que exibe mais de 200 criações mirabolantes utilizadas por agentes do FBI e da CIA ao longo do século 20 (especialmente durante a Guerra Fria). O acervo vai de dinheiro falso a minicâmeras adaptadas a todo tipo de utensílio (canetas, prendedores de gravata ou botões de roupa). O maior barato da visita, porém, é a ala que só pode ser totalmente explorada se o visitante utilizar técnicas de investigação explicadas por monitores em breves instruções.

 

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