Escritório da empresa: para que serve e qual a importância na atualidade

Por conta da pandemia, existe uma leva de jovens profissionais que nunca pisou em um escritório e chegou a hora de saber porque o trabalho presencial vale a pena

 

Muitos jovens que entraram no mercado de trabalho em plena pandemia não tiveram a vivência de trabalhar fisicamente em um escritório e, consequentemente, não sabem como é o dia a dia nesses ambientes. Após o isolamento algumas empresas retomaram o esquema presencial integral, outras adotaram modelo híbrido e houve quem optasse pelo 100% remoto. “Até as corporações remotas vão ter um encontro presencial de equipe em algum momento, mesmo que seja em um café ou em um coworking”, diz Guilherme Bertoni, coordenador da Incubadora de Negócios da ESPM em Porto Alegre.

 

Para algumas pessoas a possibilidade de ter que sair de casa para ir trabalhar ou participar de uma reunião presencial pode parecer incômoda, mas engana-se quem acha isso ruim. Trabalhar em escritório é importante e é legal, porque, a despeito de todos os recursos tecnológicos que existem para conectar as pessoas, nada melhor que o contato físico e a experiência que só a convivência proporciona.

 

Para que serve o escritório?

O escritório permite a aproximação entre as pessoas e os setores. “O escritório faz um posicionamento de marca, é um local institucional onde as coisas acontecem e onde se fecham negócios, por exemplo. Além disso, dependendo da natureza da corporação, determinados cargos de chefia precisam do gestor ali, no dia a dia, acompanhando tudo de perto”, explica Bertoni.

 

Para o professor, o melhor modelo de trabalho é o híbrido (alguns dias no escritório e outros em home office). Quando as pessoas vão ao escritório, o time trabalha junto e soluciona com mais agilidade os problemas. Em casa, focam em atividades que são de suas incumbências individuais e estão num ambiente teoricamente sem interferência externa e, portanto, mais propício à concentração.

 

Quais as vantagens de se trabalhar do escritório?

No trabalho presencial a interação é direta, sem travamento da imagem na chamada de vídeo, e o paralelismo deixa de acontecer, ou seja, não dá para desligar a câmera durante a reunião e ir pendurar a roupa no varal. Outro aspecto é a construção das equipes e da noção de pertencimento. Pessoas que trabalham juntas no mesmo espaço estreitam relações, criam vínculos e a sinergia necessária para o trabalho.

 

“Quando estão todos reunidos é mais fácil entender as dores do cliente e solucionar os problemas, porque nada supera o olho no olho, a entonação de voz nas conversas, o bate papo descontraído na hora do cafezinho, onde surgem muitos insights, e a ida até a sala do chefe, que é um momento em que a pessoa se prepara para conversar com o seu líder”, pontua Bertoni. Nesse clima de união há mais espaço para vivenciar a cultura organizacional e suas ações de integração, fazendo as coisas funcionarem melhor.

 

O que tem no escritório que não tem na sua casa?

Trabalhar na empresa também tem como vantagem o apoio ferramental, ou seja, tudo o que o colaborador precisa está mais perto dele. Desde bons equipamentos, como computadores dimensionados ao uso, até o acesso a informações que estão na sala ao lado ou no andar de baixo. Basta ir até lá para conseguir o que precisa, sem burocracia de enviar e-mails, esperar pela resposta e tudo o mais.

 

Em contrapartida, quem se acostumou com a rotina de parar de tempos em tempos o que está fazendo para dar uma xeretada nas redes sociais tem que se adaptar ao ambiente corporativo, onde o foco é o trabalho e onde pode haver limitação de acesso a alguns ambientes digitais. Se há bloqueio para entrar no Facebook, existe o outro lado, que são as amenities cada vez mais comuns nas organizações, como sala de descompressão, espaço de jogos, lanche self-service e outros mimos para deixar o ambiente agradável.

 

Como se comportar no escritório?

Quem começou a trabalhar durante o isolamento e não tinha vivência anterior do esquema tradicional, deve respeitar algumas regras básicas de conduta, como estar totalmente presente em uma reunião, prestando atenção e sem olhar no celular ou checar e-mails. Pedir licença antes de entrar na sala de alguém, cumprimentar as pessoas, falar em tom de voz adequado, prestar atenção a quem está na mesa ao lado para não interromper a pessoa repentinamente e se vestir de acordo com o ambiente são outros aspectos importantes para quem não está acostumado a trabalhar fora de casa.

 

A estação de trabalho pode ser customizada com alguns objetos pessoais, mas sem exageros. Vale levar sua caneca para tomar café, colocar a foto do pet e alguma outra coisa, mas nada de expor a coleção completa de bonecos da Marvel na mesa. Se o trabalho for em coworking, talvez seja o caso só de levar a caneca, se o contrato da empresa em que você trabalha não contemple uma sala exclusiva.

 

O que só o escritório proporciona?

O trabalho presencial leva a pessoa a conquistar maturidade profissional mais rápido por conta da convivência com os colegas e os gestores. Ver como os outros agem e se comunicam, como solucionam problemas e gerenciam crises é um aprendizado que vem da observação e isso não acontece no ambiente digital. Outra vantagem é o networking que só o presencial oferece. Estar na empresa conecta as pessoas de diversos setores possibilitando, inclusive, ficar sabendo da abertura de vagas em outras áreas para o quais é possível se candidatar.

 

Segundo o coordenador da Incubadora de Negócios da ESPM, quando for buscar uma vaga o profissional até pode escolher um trabalho remoto, mas deve optar por uma empresa que contemple encontros presenciais, mesmo que esporádicos. O professor comenta o exemplo de empregos na área de TI. Muita gente trabalha em casa para empresas de outros países com contratos de trabalho que incluem determinado número de viagens anuais para a sede da corporação. Esses eventos não são aleatórios. São planejados, inclusive, para as pessoas se conhecerem e interagirem. “Pelo mesmo motivo eu sempre recomendo que as pessoas não deixem de ir a reuniões presenciais”, conclui.

 

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